Modernizações e avanços na estrutura marcam aniversário do Hospital Ophir Loyola
Celebração dos 111 anos do HOL contou ainda com a tradicional parada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em frente à instituição
Certificado como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde (MS), o Hospital Ophir Loyola (HOL) completa, nesta sexta-feira (6), 111 anos de história. Além das obras entregues no último trimestre pelo Governo do Pará, a instituição cumpre calendário de reestruturações e deve entregar em breve espaços especializados, como a Nova Unidade de Cuidados Paliativos Oncológicos.
De acordo com o HOL, em 2024, serão entregues as novas instalações do Serviço de Medicina Nuclear e de Radioterapia com alta tecnologia para o diagnóstico e tratamento dos pacientes. Nesta sexta-feira (6), o aniversário do Hospital coincidiu com a tradicional parada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em frente ao hospital durante uma das romarias do Círio. Há quase duas décadas o momento integra o calendário da Diretoria da Festa de Nazaré e renova a fé de promesseiros.
Referências - O Hospital presta assistência de média e alta complexidade em todas as especialidades e subespecialidades clínicas e cirúrgicas, nas áreas de oncologia, neurologia, neurocirurgia, nefrologia e transplante, atendendo todos os municípios do Estado do Pará e estados circunjacentes. A cada ano, são realizados mais de 1 milhão de atendimentos.
Dentre as diversas etapas do planejamento estratégico do hospital, já ocorreu a modernização dos processos de gestão para dar celeridade no fluxo de atendimento. Uma das ações consistiu na contratação de uma empresa de telerradiologia com um Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (Pacs) integrado para garantir agilidade na liberação de laudos dos exames por imagem. E para solucionar a alta demanda por realização de tomografias e ressonâncias por contraste, firmou convênio com empresas privadas e conseguiu zerar a fila de espera ambulatorial.
A diretora-geral, Ivete Vaz, informou que uma das prioridades foi atender a demanda reprimida e melhorar os indicadores cirúrgicos e de internação por meio de mutirões de cirurgias realizados aos finais de semana.
“Esse Plano de Ação possibilitou iniciar o 1º tratamento em até 60 dias, em atenção à Lei 12.732/12, que estabelece o prazo para o início do tratamento do paciente com neoplasia maligna, no Sistema Único de Saúde, após o diagnóstico da doença. Todas as medidas visaram garantir mais celeridade na assistência a fim de melhorar o prognóstico e aumentar as chances de cura dos pacientes”, destacou a gestora.
Comodidade - A direção ampliou o horário para marcação de consultas e exames, que passou a funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 19h, bem como implementou uma central de atendimento para oferecer maior conforto ao usuário. Ademais, adaptações no espaço físico da instituição contribuíram para o estabelecimento de novos fluxos nos serviços prestados e permitiu a ampliação do quantitativo de procedimentos ofertados.
“Quando assumimos a gestão, existia uma fila que se estendia pela 14 de abril. Os pacientes vinham do municípios de origem, dormiam em frente ao hospital e ficavam horas aguardando para conseguir agendar um atendimento no dia seguinte. Então todas essas providências, juntamente com o call center que foi criado, excluíram a fila e garantiram um acesso digno ao hospital e comodidade aos nossos usuários”, afirmou Ivete Vaz.
Pioneirismo - Em 2023, o HOL realizou procedimentos inéditos para tratamento do câncer, a exemplo da primeira quimioterapia aerossolizada realizada no Brasil via SUS. Conhecida como PIPAC, a cirurgia minimamente invasiva beneficia pacientes com tumores abdominopélvicos não removíveis com abordagem cirúrgica tradicional.
Outro recurso que entrou para a história do enfrentamento ao câncer na região Norte foi o transplante de células-tronco hematopoéticas, mais conhecido como Transplante de Medula Óssea. O hospital centenário foi o primeiro a realizar gratuitamente, na região, o TMO autólogo, no qual utiliza células progenitoras do próprio paciente no procedimento.
No último biênio, o HOL registrou ainda avanços no parque tecnológico com aquisições de aparelho de urodinâmica, aceleradores lineares de partículas HalcyonTM, angiógrafo Modelo Artis Zee Floor, dentre outros. O hospital paraense realiza ainda obras para a instalação de equipamentos como o tomossimulador, modelo SOMATOM go.Sim, da empresa Siemens. Esse maquinário permitirá realizar tomografias de simulação de pacientes com maior qualidade e precisão.
Neste ano, o HOL entregou a nova fachada e recepção da instituição; o novo bloco cirúrgico com sete salas cirúrgicas e sala de recuperação pós-anestésica; o refeitório dos servidores; e o auditório Luiz Geolás de Moura Carvalho, espaço que estava em desuso há 9 anos por problemas estruturais.
No próximo ano, a instituição disporá de um novo Serviço de Medicina Nuclear, com aparelhos como o Pet-Scan e Gama Câmara e espaço mais moderno, assim como a nova Central de Material Esterilizado e Laboratório de Análises Clínicas. Também serão entregues as obras no Casarão e a Nova Unidade de Cuidados Paliativos Oncológicos, a primeira da região Norte voltada especificamente para este tipo de assistência.
O setor de radioterapia da instituição passa por reestruturação e deve abrigar novas tecnologias direcionadas ao tratamento do câncer. De acordo com a diretora-geral, com os avanços, a instituição centenária passa a aliar tecnologia, infraestrutura e desenvolvimento a favor da saúde.
“O Hospital Ophir Loyola carrega consigo muitas histórias. Neste espaço de constante ensino e aprendizagem, muitos especialistas se consolidam e muitas vidas são salvas. Nós, enquanto diretoria, nos empenhamos em proporcionar novos recursos e um espaço físico adequado para o enfrentamento do câncer. Com o apoio do Governo do Pará e com o fortalecimento de parcerias com diversas instituições, temos contribuído para que o usuário do SUS possa desfrutar gratuitamente da assistência especializada digna de um Centro de Alta Complexidade no diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer”, afirmou a gestora.
