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CÍRIO 2023

Movidos pela fé, unidades escolares estaduais acolhem romeiros que chegam a Belém

Por Bruno Magno (SEOP)
05/10/2023 15h38

Nos dias que antecedem a festividade do Círio de Nazaré, romeiros de várias regiões do Estado peregrinam até a Basílica Santuário, em Belém. Alguns seguindo de pé ou de bicicleta. Para apoiar os fiéis durante o trajeto, grupos de voluntários das Escolas Estaduais Presidente Costa e Silva e Jarbas Passarinho montaram pontos de apoio para oferecer alimentação e atendimento médico, além de locais de descanso para quem segue até a Basílica. 

Situado estrategicamente na Avenida Almirante Barroso, no bairro do Souza, o projeto “Peregrinos”, da Escola Pres. Costa e Silva, já existe há mais de 15 anos e busca fortalecer entre os participantes a solidariedade, o voluntariado e a responsabilidade social. 

No local, são disponibilizados serviços de primeiros socorros, atendimento psicológico, massagens nos pés, a possibilidade de fazer uma pausa, descansar para, em seguida, retomarem sua caminhada de fé. Além disso, os romeiros participam de uma missa e uma noite cultural. Além de disponibilizar água, café, sopa e frutas para os fiéis, mais de 100 pessoas estão envolvidas na iniciativa.

 

“O projeto consiste em acolher romeiros e para isso a gente mobiliza a comunidade escolar toda. Nos meses de agosto e setembro são realizadas oficinas de primeiros socorros, massagem, curativo, segurança alimentar e outros temas, para que os alunos estejam preparados para realizar esse trabalho, porque o objetivo principal é sócio-pedagógico, para desenvolver no aluno os valores societários de solidariedade, responsabilidade social e voluntariado. Na madrugada, toda a escola fica aberta, funcionando, recebendo romeiros que vêm sobretudo dessa região aqui da Augusto Montenegro, que vem dos bairros do Satélite, Maguari, Bengui, Tapanã e eles são recebidos pela unidade escolar”, disse Polyana Farias, professora e coordenadora do projeto. 

“O que me fez participar do projeto foi a questão de querer ajudar, de querer estar presente nesses momentos. Isso me motiva, ver que aquelas pessoas deixaram suas coisas, suas famílias para vir rumo à Basílica nesse momento de Círio e eu poder ajudá-las através do projeto é algo incrível, algo sem descrição, porque é um projeto social muito bom, que deveria ter todo o apoio. O 'Peregrinos' de fato muda a vida das pessoas na questão social e é totalmente voluntário. Então, é isso que me move a participar, saber que posso ajudar e eu vou ajudar”, frisa Kauan Saraiva, aluno do 2° ano do Ensino Médio. 

Estudante do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), Emanuel Ferreira conta que estar no projeto é um ato de amor com o próximo. “O que me fez abraçar o projeto é pelo amor ao próximo, pelo trabalho desenvolvido pela escola e pelos parceiros. É um ato de solidariedade, de afeto, de carinho e principalmente de doação para com o próximo. Também faz com que venhamos nos conscientizar que quanto mais nos ajudarmos, mais fortes nos tornamos. E ser um voluntário é muito gratificante, porque é um ato de amor, de carinho para com todos, e principalmente com pessoas que não conhecemos”, disse.  

Já em uma pracinha, também na Almirante Barroso, voluntários da unidade escolar Jarbas Passarinho seguiram auxiliando aos romeiros, com o projeto “Movidos pela Fé”. Ao todo 223 pessoas, entre alunos, professores e colaboradores, estão realizando a distribuição de café com leite, achocolatado, suco, água, frutas, bolo, pão. No local, ainda terá apresentações culturais, como coral de libras, danças, exposição de fotografias feitas pelos alunos.

“O projeto amplia o olhar educacional, a formação pedagógica do aluno dentro do contexto escolar, abrangendo a formação integral do estudante, a formação do cidadão, onde ele passa a ter uma formação para a sociedade, um olhar empático e solidário, além da valorização da arte, a religiosidade, a acolhida do outro, a afetividade de uma maneira geral. Então é um momento em que toda a comunidade escolar participa”, conta Rejane Soares, professora na unidade.

Texto: Bianca Rodrigues / Ascom Seduc