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Santa Casa apresenta ações voltadas à saúde mental de servidores e prevenção do suicídio

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
28/09/2023 15h14

No mês em que se reforça as ações de prevenção ao suicídio em todo o Brasil, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) realiza ações voltadas à saúde mental de servidores, residentes, estudantes e colaboradores que atuam na instituição e apresenta uma série de produtos voltados ao bem estar dos trabalhadores em diversos contextos.

Nesta quinta-feira (28), uma mesa redonda reuniu psicólogos que atuam na Santa Casa, e também de outras instituições, para falar do tema, que ainda é considerado um tabu, e abordar alternativas de cuidados individuais e coletivos para o enfrentamento e a prevenção do problema, que atinge pessoas de todas as idades e classes sociais e hoje é visto como um fenômeno multifatorial, que pode estar associado a transtornos psicológicos e mentais, mas também sociais, como considera o psicólogo Rodolfo Valentim, especialista em saúde do trabalhador e saúde mental.

"A perspectiva que eu trouxe é a de pensar o suicídio como um sintoma social e não como resultado natural de um transtorno mental. A gente tenta trazer o debate para a perspectiva social, entendendo que não é só uma questão médica, mas uma questão de toda a sociedade. Que não é uma questão de saúde pública apenas. A grande interrogação é como fazer para que os determinantes sociais do processo de sofrimento  mental possam ser equacionados para que esse volume considerável de suicídios seja minimizado", questiona o especialista.

A também psicóloga Klaudia Sadala ressaltou a importância de que os profissionais de saúde estejam atentos não só a saúde dos pacientes dos quais cuidam, mas atentar para própria condição de saúde.

"Pensar em oferecer cuidados é pensar em se oferecer cuidado. Na vida e até em um mesmo dia, nós temos altos e baixos e é importante procurar dentro dessa rotina momentos que nos restaurem", afirmou a psicóloga que também listou alguns sinais que cada pessoa pode observar em si e no outro, e que são indicativos de que algo pode estar errado com a saúde emocional desse indivíduo.

"O afastamento de atividade prazerosas, o isolamento social, irritabilidade, choro fácil, insônia e diminuição da energia vital são alguns desses sintomas de que é preciso cuidar da saúde mental. Mas há também outros, menos aparentes, como adoecimentos (físicos) frequentes, afastamentos ou passar muitas horas no trabalho e postergar férias e descansos", disse a psicóloga.

Como instituição de saúde que tem como missão "cuidar da saúde das pessoas gerando conhecimento", além de promover palestras e debates sobre a saúde mental e prevenção do suicídio, a Santa Casa, por meio do setor de saúde do trabalhador, desenvolve projetos permanentes para promover o bem estar dos profissionais de saúde e demais trabalhadores e estudantes da fundação. A psicóloga Lorena Tenório, que atua no setor de saúde do trabalhador da Santa Casa, cita alguns programas.

"A gente entende que a Santa Casa é um hospital que precisa ter o olhar para esse cuidado, pois somos referência em várias áreas da saúde, o que pode gerar situações de estresse para o trabalhado. Esse ano nós lançamos o programa Bem Viver, que é voltado para a saúde mental do trabalhador e que tem vários projetos como o Casa Delas, voltado para mulheres; o Florescer, para os servidores enlutados; e o Gas, que é o Grupo de Apoio ao Servidor que faz reuniões temáticas fixas uma vez por mês e também atua de forma itinerante nos setores para fazer essa escuta empática", conclui Lorena.

O hospital ainda oferece aos trabalhadores algumas da Práticas Integrativas  e Complementares de Saúde como auriculoterapia, aromaterapia e o reiki.