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No Dia Nacional da Doação de Órgãos, Santa Casa orienta equipes sobre fluxo de doação

Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, do Hospital, promove ações de sensibilização sobre a importância da doação

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
27/09/2023 14h54

Como parte da ação de sensibilização dos profissionais de saúde e servidores da área de apoio da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) para a doação de órgãos e tecidos, a equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante promove desde o início de setembro uma série de ações para mobilizar a comunidade hospitalar sobre o fluxo de doação de órgãos.

Integrante da Comissão, a enfermeira Waylla Luz, é especialista em terapia intensiva e ressalta que o conhecimento sobre o processo pode contribuir para que mais famílias sejam favoráveis à doação.

"É importante que toda a instituição esteja ciente do trabalho da Comissão na Santa Casa, porque o familiar do paciente transita por toda a instituição, desde a portaria até a unidade. Por isso, além do corpo técnico, é importante que a equipe de apoio; como as pessoas que trabalham na portaria, recepção e segurança; saibam que aquele é um familiar de possível doador e o acolha da melhor forma possível, pois o acolhimento da família é fundamental durante todo o processo e  para o sim da família para a doação", afirma a enfermeira.

A enfermeira Waylla Luz ressalta que depois do sim da família, o trabalho continua, pois a captação também é feita na Santa Casa. "Nesse processo de captação, há profissionais que não fazem parte do corpo técnico da Santa Casa, então a nossa equipe de apoio tem que estar atenta para viabilizar a entrada desses profissionais. Na captação o tempo é ouro, há a necessidade de manter o doador estável", complementa.

A enfermeira intensivista, Sorlandia Oliveira, integra a Cihdott desde 2018 e explica que todo o processo segue a rigorosos critérios legais para a identificação da morte encefálica e posterior captação e destinação do órgão captado.

"Nós desenhamos o fluxograma de doação conforme o que é definido pelo Ministério da Saúde. O potencial doador é o paciente que esteja no estágio mais profundo de coma, chamado de Glasgow 3, quando não responde mais a nenhum tipo de estímulo, ou aquele que já esteja em provável morte encefálica, que é a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.  Quando há essa identificação, a Comissão é acionada e avaliamos o prontuário do paciente; os exames que confirmam a morte encefálica são solicitados pela equipe da unidade e todos os formulários padronizados pela Comissão Estadual de Transplantes são preenchidos. Só depois de todas essas etapas é que abrimos o Termo de Declaração de Morte Encefálica (TDME) que é preenchido pelos três médicos que realizaram os exames", ressalta Sorlandia.

Sorlandia informou, ainda, que além dos teste clínicos, antes da abertura do TDME, é realizado na Santa Casa, o doppler transcraniano para fechar o diagnóstico de morte encefálica e só se confirma o óbito.

Além de expandir a sensibilização e a capacitação sobre doação de órgãos para os servidores e colabores da Santa Casa, a Comissão também realiza atividades externas, em shoppings e escolas, voltadas à sensibilização da sociedade.

 No fim de semana, profissionais da  Santa Casa  e a CET/Sespa, assim como pacientes atendidos pela equipe da Terapia Renal Substitutiva Pediátrica da FSCMP, estiveram em um shopping em Belém falando sobre o tema.

A programação de sensibilização na Santa Casa segue até o dia 29 de setembro e vai contar com a abordagem dos temas relacionados à doação, pela equipe da Cihdott, e a apresentação de depoimentos de familiares de quem espera por um órgão e de pessoas já transplantadas.

Vidas Salvas

Segundo a Santa Casa, um único doador pode salvar muitas vidas. Podem ser doados coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), no primeiro quadrimestre de 2023, foram realizados no Pará 190 transplantes ( rim, fígado e córnea). Na Santa Casa, atualmente são realizados transplantes pediátricos de rins e transplantes de fígado em pacientes adultos.