Santa Casa recebe especialista para intercâmbio em cirurgia reparadora
Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais do Hospital tem o apoio do cirurgião Luiz Carlos Ishida, da Universidade de São Paulo (USP)
Pelo terceiro ano consecutivo, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) realiza um intercâmbio entre a equipe de cirurgia plástica e craniofacial do hospital e o cirurgião plástico Luiz Carlos Ishida, doutor em cirurgia plástica e professor da disciplina de Cirurgia Plástica da Universidade de São Paulo (USP).
Na atividade, que ocorre nesta sexta, 22, quatro pacientes portadores de fissura labiopalatal, atendidos pelo Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais (SFAC) da Santa Casa estão sendo submetidos à cirurgias de rinosseptoplastia reparadoras para a correção de desvio de septo nasal. Ao mesmo tempo em que os pacientes são operados, as equipes podem trocar experiências, explica o cirurgião e professor da USP, Luiz Carlos Ishida.
Cirurgião plástico e professor Luiz Carlos Ishida, e o cirurgião plástico da Santa Casa, Franklin Rocha"É muito importante essa troca de conhecimentos, porque agrega para todos os envolvidos. Eu venho e aprendo muito, pois é uma oportunidade de atender pacientes complexos como são os pacientes da Santa Casa, e ao mesmo tempo eu compartilho experiências com os cirurgiões daqui", afirma Ishida que além de cirurgião plástico, é professor e pesquisador na área de cirurgia plástica.
A convite dos cirurgiões plásticos e crânio faciais Cynthia e Franklin Rocha, do SFAC da Santa Casa, no intercâmbio deste ano, Luiz Carlos Ishida apresenta uma de suas técnicas cirúrgicas chamada de Técnica em Rinoplastia para Nariz Fissurado Unilateral.
Para o cirurgião Franklin Rocha, a ação traz benefícios para a qualificação da equipe e para os pacientes operados. "Além do benefício funcional, porque o paciente com o nariz torto tem dificuldade para respirar e com a cirurgia ele vai ter uma melhora da respiração, há também uma melhora estética, pois o nariz torto traz um estigma para o paciente fissurado, e com a correção a gente vai atenuar esse estigma e melhorar a integração desse paciente junto a sociedade", explica Franklin.
Estudante Emilly Sales, de 19 anos, e a mãe, antes da cirurgia: "Estou feliz, porque para mim é uma oportunidade", disse a jovemEnquanto aguardava a cirurgia, a estudante Emilly Sales, de 19 anos, que desde a infância já passou por 5 cirurgias para a correção da fissura labiopalatal, falou da expectativa para o procedimento.
"Eu estou muito feliz, porque para mim é uma oportunidade. A cada cirurgia eu só me senti melhor pra falar e também com a minha aparência e acredito que a minha fala vai melhorar ainda mais com essa cirurgia", disse Emilly Sales.
Além dos cirurgiões plásticos convidados, Luiz Carlos Ishida ( da USP) e Tiago Lyrio, o mutirão contou com a participação direta de 15 profissionais do serviço de cirurgia da Santa Casa, e indireta de toda a equipe do Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais.
Serviço
O Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais (SFAC) funciona na Santa Casa com atendimento integral ao paciente fissurado que inclui, além de cirurgias, o acompanhamento de uma equipe multiprofissional, especializada, que garante a reabilitação do paciente com fissura labiopalatal e uma atenção que vai da infância até a idade adulta.
O encaminhamento para o serviço deve ser feito por uma unidade de saúde do município onde o paciente reside. Em casos de dificuldades de encaminhamento ou dúvidas, os pacientes ou responsáveis podem entrar em contato com o SFAC para mais orientações. O telefone é o (910 4009-0355.
