Seminário discute a adoção de práticas integrativas em pacientes do SUS no Pará
Cerca de 150 profissionais de saúde ligados à atenção básica prestigiaram o seminário que tratou da implantação das chamadas Práticas Integrativas e Complementares (Pics) disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). As Pics já estão sendo ofertadas à população do Pará pelas Secretarias Municipais de Saúde.
O evento, promovido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), ocorreu na Fundação Cultural Tancredo Neves (Centur). O objetivo é orientar os trabalhadores sobre a iniciativa do Ministério da Saúde, que disponibiliza este tipo de terapia pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), considerando as práticas voltadas à saúde e ao equilíbrio vital do homem. Os serviços são oferecidos por iniciativa da saúde municipal e devem ter um profissional qualificado para prestá-los, a partir do financiamento do Ministério da Saúde, por meio do Piso de Atenção Básica (PAB).
As terapias já eram oferecidas na categoria “práticas integrativas” e são as práticas corporais em medicina tradicional chinesa, terapia comunitária, dança circular, yoga, oficina de massagem, auriculoterapia, massoterapia e tratamento termal.
Em janeiro deste ano foram incluídas à lista a meditação, arteterapia, reiki, musicoterapia, tratamento naturopático, tratamento osteopático e tratamento quiroprático.
Segundo informações do Ministério da Saúde, o serviço está sendo gradualmente oferecido aos usuários do SUS em 88 municípios paraenses e, só em 2017 foram registrados mais de 11 mil atendimentos individuais no Estado. Para a secretária adjunta de Estado de Saúde, Heloisa Guimarães, já era hora da saúde pública absorver os benefícios trazidos pelas terapias alternativas, que podem ser indicadas pelos médicos para tratar ansiedade, insônia, estresse e dor nos pacientes, que pode, inclusive, agravar os sintomas de doenças crônicas, como depressão e hipertensão.
A diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde do Departamento da Atenção à Saúde (Dase), da Sespa, Socorro Bandeira explicou que o seminário voltado para os profissionais de secretarias municipais de Saúde foi o início de uma série de atividades que visa, ainda, à elaboração de pesquisa a situação atual dos municípios em relação às Pics; à capacitação aos municípios que já desenvolvem alguma ação sobre o assunto; à realização de oficinas temáticas “Fitoterapia Aplicada à Nutrição” para nutricionistas do SUS e à produção de material educativo sobre o tema.
Detalhes técnicos sobre as diretrizes gerais para a incorporação das práticas nos serviços foram dados pelo enfermeiro Rodrigo Balieiro, coordenador estadual dos programas Saúde da Família e Agente Comunitário de Saúde. Na ocasião, ele respondeu dúvidas da plateia em relação à regulação do atendimento e acolheu sugestões a título de trocar informações em favor de mais eficácia no tratamento dos pacientes.
Nas dependências do Centur, os participantes do seminário puderam conferir, na prática, como se dá a oferta das Práticas Integrativas e Complementares, a exemplo da musicoteparia, que contagiou dezenas de pessoas com momentos de rodas circulares; a auriculoterapia, homeopatia e a fitoterapia.
