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No Dia da Árvore, Seap participa de ação no Parque Natural Municipal de Castanhal

Visitantes puderam ver o resultado do trabalho de internos da CPASI, que fizeram o recolhimento de entulhos e material descartado irregularmente na APA

Por Caroline Rocha (SEAP)
21/09/2023 23h17

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) vem contribuindo com ações ambientais no município de Castanhal, participando de uma programação voltada à comemoração pelo Dia da Árvore, nesta quinta-feira (21).

Estudantes, crianças, grupos de convivência e moradores do entorno da Área de Proteção Ambiental (APA) participaram de atividades realizadas em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no Parque Natural Municipal de Castanhal. Os grupos fizeram um passeio pelas novas cinco trilhas ecológicas abertas no parque, receberam aulas de Educação Ambiental e orientações do Exército Brasileiro sobre a sobrevivência na selva, e também plantaram espécies vegetais. Além do Exército, policiais militares, integrantes da Guarda Municipal de Castanhal e alunos e professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) participaram do evento. 

Durante a visita ao Parque, reaberto hoje para a visitação, os grupos puderam ver o resultado de duas semanas de trabalho de 30 internos da Colônia Penal Agrícola de Santa Isabel (CPASI), que por meio de um Termo de Cooperação entre a Seap e a Semma de Castanhal, que trabalharam na limpeza do terreno que abrange a área verde. A ação incluiu o recolhimento de entulhos e material descartado indevidamente no local, sendo necessárias 30 caçambas para transportar o lixo do local. 

“Hoje, em alusão ao Dia da Árvore, é um momento de reflexão e retomada do Parque Natural Municipal de Castanhal. Só temos a agradecer a parceria da Seap, que proporcionou duas semanas aqui com os Pessoas Privadas de Liberdade (PPLs), realizando a limpeza, e assim nós conseguimos fazer abertura de cinco trilhas para que as crianças que estudam aqui pudessem conhecer as trilhas ecológicas e devolver o lindo parque que nós temos dentro coração da cidade de Castanhal”, declarou a titular da Semma, Nubiana Lago.

A professora Regina Cunha, da escola Graziela Gabriel, considerou a visita dos estudantes uma iniciativa diferenciada, uma vez que os alunos participaram de uma aula especial com foco na sobrevivência na selva, além de percorrem trilhas onde puderam conheceram um pouco sobre as espécies vegetais e a história do Parque Natural.

“Isso aqui (o parque) é extremamente importante, uma vez isso aqui é uma Área de Preservação Ambiental. Essa iniciativa é de extrema importância e cabe às futuras gerações tomar o cuidado necessário e preservar o entorno”, defendeu.

Vizinhança beneficiada - Moradora do bairro Florestal há 57 anos e vizinha à área do Parque, a servidora pública Selma Soares Aranha agradece pelo trabalho que está sendo realizado no Parque Ambiental com a participação dos internos do CPASI. Ela conta que a área vinha sendo usada não somente para o descarte irregular de lixo e entulho, mas também para práticas ilícitas.

“Eu vejo eles trabalharem todo dia. É muito bom, é uma forma de retribuir à sociedade e está muito bonito. Espero que seja concluído porque estamos vendo que está indo pra frente. Vai melhorar também a nossa rua e será valioso para todos os moradores do bairro”, afirma a moradora.

Raimundo Gomes, coordenador de trabalho e produção da CPASI, destaca que a trajetória de cooperação com Prefeitura Municipal de Castanhal inclui a articulação com as Secretarias de Agricultura e a de Meio Ambiente. O trabalho desenvolvido trouxe benefícios para a população e para os custodiados, que têm a pena reduzida pelos dias trabalhados e "permite que eles coloquem em prática algo que já remete à COP 30, cuidando do meio ambiente, de espaços onde a própria comunidade do entorno vai visitar”, diz Gomes.

Outro ponto destacado pelo coordenador é que a população conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelos custodiados da Seap.

“A ideia mesmo é quebrar esse estereótipo de que o preso está lá só para dar despesa ao Estado. Na verdade, esse tipo de ação que a gente faz, por estar trabalhando dentro de uma comunidade, nos possibilita dar agilidade naquilo que a Seap trabalha, que é mostrar à sociedade que temos pessoas em uma condição de trabalhar. Hoje, o sistema prisional do estado é outro, está voltado para a ressocialização realmente”, concluiu Gomes.

Texto: Márcio Sousa/NCS Seap Pará