Evento científico marca Dia Mundial da Segurança do Paciente no Ophir Loyola
Profissionais das áreas da assistência participaram do encontro que ressaltou o cuidado integral a partir da escuta ativa e do olhar humanizado
Em evento alusivo ao Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado no último dia 17, o Hospital Ophir Loyola (HOL) promoveu discussões, nesta terça-feira (19), sobre os desafios e as estratégias da assistência em saúde. O tema do movimento mundial neste ano é “Engajando o Paciente para um Cuidado Seguro” e tem por objetivo destacar a relevância da participação ativa de usuários e acompanhantes no tratamento.
Palestras e mesas redondas integraram a programação do evento científico, que ocorreu no auditório Luiz Geolás de Moura Carvalho e reuniu profissionais de diversas especialidades. Compuseram a mesa de abertura a diretora-geral, Ivete Vaz; o diretor clínico, João de Deus; a diretora de ensino e pesquisa, Margareth Braun; o diretor de administração e finanças, Fernando Velasco Júnior; e a assessora de qualidade e segurança, Alessandra Leal.
Movimento global - de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a participação ativa do paciente no cuidado representa ganhos significativos não somente em termos de segurança, mas na satisfação dos usuários. Para tanto, o público do evento científico participou de reflexões sobre como ampliar a voz do paciente dentro da unidade hospitalar de alta complexidade em oncologia.
“Uma gestão não se faz só, se faz com uma equipe. E eu estou aqui para parabenizar a todos por esse evento brilhante. Precisamos do apoio e de estar próximo ao paciente, observando e verificando de que forma podemos ajudá-lo. Esse evento é como um abraço de toda a diretoria e equipe àqueles que precisam ser ouvidos para que a assistência seja de fato segura”, disse a diretora-geral.
O evento híbrido contou com a palestra online do médico Marcelo Alvarenga, presidente da Sociedade Brasileira de Experiência do Paciente e Cuidado Centrado na Pessoa (Sobrexp). “Dentro dos pilares da qualidade, sabemos que o cuidado seguro e centrado no paciente é a premissa maior. Devemos ouvi-lo de maneira organizada e sem esquecer de trabalhar a individualidade, pois somos seres únicos e integrais”, afirmou o médico durante videoconferência.
Parceiros no cuidado - Além de destacar a importância do envolvimento ativo do paciente no cuidado, a médica Alessandra Leal elencou atitudes que previnem eventos adversos relacionados a fatores humanos.
“O paciente é um membro da equipe de saúde e precisamos estimular que tanto ele quanto os familiares esclareçam dúvidas e expressem suas preferências e preocupações. As recomendações e todas as informações repassadas devem ser compreendidas. Então, não basta falar, é preciso garantir que houve compreensão de tudo o que foi dito. A única pessoa que passa por todos os setores do hospital é o paciente. Precisamos aprender a ouvi-lo nas conversas diárias. É com a escuta ativa, garantimos uma assistência mais segura”, disse a médica intensivista.
Na oportunidade, abordou-se a Política Nacional de Humanização (PNH), que neste ano completa 20 anos de existência. “Dentro do programa, nós temos princípios, diretrizes e dispositivos. Nós temos também o protagonismo, a corresponsabilidade e a autonomia dos sujeitos, que favorecem a participação e valorização da atuação individual, do saber adquirido e das peculiaridades da gestão. Mas precisamos garantir que o paciente seja estimulado a participar ativamente do tratamento, proporcionando a ele e a seus familiares a escuta qualificada e o olhar integral e humanizado diante do contexto em que ele se encontra”, ressaltou a coordenadora de Humanização do HOL, Rayssa Imbiriba.