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Sespa realiza VIII Seminário Estadual do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose

Por Redação - Agência PA (SECOM)
22/03/2018 00h00

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realiza, nesta sexta-feira, 23, das 8h às 12h, no auditório do Igeprev, o VIII Seminário Estadual Alusivo ao Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, tendo como tema central “Eliminar a tuberculose: compromisso de todos”.

O evento, organizado pela Coordenação Estadual do Programa de Controle da Tuberculose, tem o objetivo de divulgar o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, mobilizar e dar visibilidade às ações do programa no Pará, além de informar e instrumentalizar gestores, profissionais de saúde, graduandos dos cursos da área de Saúde, sociedade civil e população em geral para o combate à tuberculose.

A programação inclui a premiação dos municípios que atingiram os indicadores do Programa de Controle da Tuberculose e uma mesa redonda sobre o tema "Compromisso do Estado do Pará frente aos pilares do Plano Nacional de Eliminação da Tuberculose”, com participação de representantes do Programa Nacional de Controle  da Tuberculose, do Laboratório Central do Estado (Lacen), do Comitê Estadual de Controle da Tuberculose e da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

Segundo a coordenadora estadual do Programa de Controle da Tuberculose, Lúcia Monteiro, o Pará registra, em média, 3.500 casos novos por ano e ocupa, atualmente, a sexta posição em incidência no país. No ano de 2017, foram diagnosticados 3.232 casos novos de tuberculose no estado, sendo que Belém é a quarta capital em incidência da doença, com coeficiente de 64,9 casos por 100 mil habitantes.

Conforme Lúcia, o governo federal, estados e municípios desenvolvem muitas estratégias e ações para o controle da tuberculose no país. “Em que pese os esforços para o alcance das metas de cura, com consequente diminuição de abandono de tratamento, óbitos e casos de resistência medicamentosa, foi lançado em 2017 o Brasil Livre da Tuberculose - Plano Nacional pelo fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública para o enfrentamento dos desafios que ainda se apresentam”, informou a coordenadora estadual.

O plano traz como metas a redução do coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e de mortalidade para menos de um óbito por 100 mil habitantes, comparados aos dados do ano de 2015, a serem alcançados até 2035. Para isso, o Plano encontra-se apoiado em três pilares: 1- Intensificação da pesquisa e inovação, 2- Políticas arrojadas e sistema de apoio, e 3-Prevenção e cuidado integrado centrado no paciente.

“Cada pilar possui objetivos e estratégias específicas que visam qualificar a assistência ao doente de tuberculose desde o diagnóstico até a alta, com articulações intra e intersetoriais para o alcance das metas, expansão das atividades direcionadas às populações mais vulneráveis, tais como indígenas, pessoas privadas de liberdade, população vivendo em situação de rua, coinfectados TB/HIV e investimentos em tecnologias que auxiliem na conquista dos objetivos, inclusive com fomentação de sistema de informações para uma vigilância mais eficaz com intervenções oportunas”, detalhou a sanitarista.

Lúcia informou, ainda que, no final de 2017, o estado do Pará lançou seu Plano Estadual tomando por base as recomendações nacionais, uma vez que possui vários municípios que apresentam características que influenciam negativamente o controle da doença. “São municípios que apresentam determinantes socioeconômicos que acabam contribuindo para a manutenção da transmissão da tuberculose, dificultando a quebra da cadeia epidemiológica e a manutenção de altas taxas de incidência”, observou.

Assim, os grandes desafios na luta contra a tuberculose são: inclusão da tuberculose como prioridade de governo em alguns municípios, manutenção da ampliação da oferta de cultura de escarro e teste tuberculínico (PPD); ampliação das ações de quimioprofilaxia (ILTB), consolidação da vigilância do óbito por tuberculose no estado; ampliação das ações da tuberculose voltadas às populações mais vulneráveis; e implantação de comitês regionais para atividades de CAMS.

Como fortalezas, ou seja, pontos favoráveis para a luta contra a doença, Lúcia apontou: tuberculose como prioridade do governo estadual, tratamento disponível em 100% dos municípios do estado, ampliação da cultura de escarro para BAAR pelo método Ogawa Kudoh e da pesquisa de BAAR pelo Teste Rápido Molecular (TRM-TB); participação da sociedade civil, representada pelo Comitê Estadual de Controle da Tuberculose; parceria com Ministério Público Estadual; e implantação da vigilância do óbito por tuberculose.

Números no Mundo

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, ocorreram 10,4 milhões de casos de tuberculose no mundo e cerca de 1,3 milhões de óbitos por essa causa, sendo a tuberculose a doença infecciosa de agente único que mais causou mortes. Aproximadamente 87% dos doentes de tuberculose encontram-se numa lista de 30 países prioritários, na qual o Brasil está inserido.

Em 2017, no Brasil, foram diagnosticados 69,6 mil casos novos de tuberculose, com aproximadamente 4,5 mil mortes, resultando em coeficientes de incidência de 33,5 por 100 mil habitantes e de mortalidade de 2,1 por 100 mil habitantes, ambos apresentando queda média anual nos últimos dez anos. Dentre as regiões brasileiras, o Norte figura como o primeiro em taxa de incidência com 42,7 casos por 100 mil habitantes.

Serviço:
O VIII Seminário Estadual Alusivo ao Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose será realizado, das 8h às 12h, no auditório do Igeprev, na Av. Alcindo Cacela 1982, entre Magalhães Barata e Gentil Bittencourt.