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FLORESTA EM PÉ

Em NY, governador do Pará afirma que pauta da COP 30 deve ser financiamento da floresta viva

Durante participação no “Brazil Climate Summit”, Helder Barbalho também cobrou contrapartida financeira da Petrobras na preservação da Amazônia

Por Leonardo Nunes (SECOM)
14/09/2023 16h39

O governador Helder Barbalho participou nesta quinta-feira (14), do “Brazil Climate Summit”, em português, Cúpula do Clima no Brasil. O evento acontece na Universidade de Columbia, em Nova York (EUA). Em sua participação, Barbalho pleiteou que a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025, tenha como pauta principal o financiamento global para preservação da floresta.

“Nós precisamos colocar na COP30 que a agenda vai ser a floresta viva baseada em financiamento global para o modelo de sustentabilidade da floresta em pé. A transição energética foi a pauta da última COP de Sharm el-Sheikh. Este ano, Dubai vai apresentar a agricultura regenerativa. Agora, a agenda que interessa para o Brasil é floresta, porque é a floresta viva que nos diferencia e nos coloca no patamar de protagonizar a agenda ambiental mundial”, ponderou.

Helder Barbalho também dividiu responsabilidade e protagonismo do país na preservação do meio ambiente. “É fundamental que nós possamos aproveitar da COP 30 para fazer um chamamento ao planeta. O mundo não pode apontar o dedo ao Brasil e dizer o Brasil é responsável pelo equilíbrio climático. Não. O Brasil, ele tem que se apresentar dizendo: 'Nós queremos ser protagonistas do equilíbrio climático e o mundo tem que criar o financiamento da agenda climática para a sustentabilidade no nosso país'”, afirmou. 

A participação do chefe do executivo estadual paraense aconteceu durante o painel “COP30: Liderando discussões para 2025 no Brasil”, que também contou com as presenças do editor da América Latina do jornal Financial Times, Michael Stott; do secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago, e da jovem conselheira do Pacto Global da ONU, fundadora e diretora-executiva da Perifa Sustentável, Amanda da Cruz Costa.

Helder quer que Petrobras financie bioeconomia na Amazônia - Na oportunidade, Helder Barbalho também cobrou que a petrolífera Petrobras seja protagonista global em ações e iniciativas de financiamentos para preservação do bioma amazônico. 

“Se a Noruega financia o Fundo Amazônia por explorar petróleo, por que a Petrobras, empresa brasileira, não lidera o processo de preservação da Amazônia antes de pedir a exploração? Porque se fizer isto, ela lidera para que nós possamos apresentar, inclusive, a condição da construção de uma narrativa que não seja meramente predatória ou exploratória, como é a agenda da exploração de petróleo”, pontuou o governador.

“A minha expectativa é que a Petrobras utilize o bom senso e que a orientação do presidente Lula para Petrobras seja que, enquanto o Ibama avalia se é viável ou não [a exploração de petróleo em alto mar], a empresa coloque na mesa parte do lucro. Fruto, inclusive, das custas de grande parte da sociedade brasileira, que tem pago um combustível altíssimo e tem elevado o custo de vida dos brasileiros, então que coloque na mesa um cheque e patrocine a transformação e o financiamento para uma nova Amazônia com floresta viva”, complementou Barbalho.

Brazil Climate Summit - A Cúpula do Clima do Brasil tem como objetivo reunir líderes empresariais, empreendedores, academia, especialistas, formuladores de políticas, ONGs e organizações multilaterais para discutir as oportunidades e responsabilidades do Brasil em um mundo onde os impactos ambientais e sociais são os pilares de um novo capitalismo.