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PROTEÇÃO E APOIO

Equipe da Semu é treinada para atuação na Casa da Mulher Brasileira em Ananindeua

O local, que deverá começar a funcionar no início de outubro, terá vários serviços destinados a mulheres vítimas de violência

Por Helena Saria (FCP)
08/09/2023 22h50

A Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) participou de formação de alinhamento para o funcionamento da Casa da Mulher Brasileira em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, na terça e quarta-feira (5 e 6). O treinamento foi realizado em colaboração pela Prefeitura de Ananindeua, Ministério das Mulheres e ONU Mulher. A Casa deve começar a funcionar no início de outubro, representando um avanço na proteção e apoio às mulheres, reunindo serviços essenciais em um único local.

A equipe da Semu - incluindo a diretora de Políticas para Mulheres, Clarice Leonel; a coordenadora de Prevenção e Enfrentamento à Violência de Gênero, Márcia Jorge, e a servidora Telma Lima -, se preparou para a inauguração do espaço.

Secretária Paula Gomes destacou a importância da Casa da Mulher para o atendimento das vítimas de violência de gênero

A Casa da Mulher Brasileira é um projeto multidisciplinar, que oferece atendimento humanizado a mulheres em situação de violência. Como parte do Programa Mulher Viver sem Violência, coordenado pelo Ministério das Mulheres, esse modelo será replicado em várias cidades do Brasil. 

A formação teve o apoio da ONU Mulheres, a fim de alinhar conceitos, promover integração e especialização dos serviços. A parceria visa melhorar os recursos para um atendimento padronizado, fortalecendo políticas de gênero e sensibilizando servidores para os desafios da violência contra a mulher.

Marco - Paula Gomes, secretária de Estado das Mulheres, destacou a importância do projeto, ao afirmar que “a Casa da Mulher Brasileira representa um marco crucial na luta contra a violência de gênero. Estamos comprometidos em oferecer um atendimento integral e especializado para as mulheres vítimas de violência, evitando que elas enfrentem barreiras e se desloquem para diversos lugares em busca de ajuda”.

“Foi incrível a metodologia adotada, começando com uma retrospectiva das lutas e conquistas das mulheres ao longo do tempo na construção de políticas públicas. Isso mostrou como nossa luta é cheia de desafios, mas as conquistas são significativas. Se olharmos os últimos 50 anos passamos de pais vendendo suas filhas na feira para uma luta pelo empoderamento político das mulheres”, ressaltou Clarice Leonel. “A abordagem da interseccionalidade de gênero foi essencial. Mostrou que a violência de gênero é agravada pela interseccionalidade, levando em consideração não apenas o gênero, mas também raça, etnia e outros fatores. Discutimos como as normas sociais desempenham um papel na reprodução de estereótipos e desigualdades de gênero. A formação enfatizou a importância de políticas públicas para desnaturalizar essa desigualdade”, acrescentou a diretora.

Ela disse ainda que “um ponto importante foi a ênfase na autonomia econômica das mulheres como uma saída para a violência. Recebemos recomendações para colaborar na implementação de projetos que promovam educação financeira, qualificação profissional e inserção das mulheres no mercado de trabalho. Acredito que esse evento foi uma etapa fundamental para nossa missão de oferecer eficazmente serviços que garantam a saúde e os direitos de todas as mulheres do Estado do Pará”.

Ponto de apoio - Simone Souza, representante da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência, do Ministério das Mulheres, enfatizou a importância da Casa da Mulher Brasileira como um ponto central de apoio às mulheres em situação de violência. Segundo ela, a abordagem visa eliminar as barreiras que muitas mulheres enfrentam, como falta de recursos financeiros e responsabilidade de cuidar dos filhos, tornando o acesso aos serviços essenciais mais fácil e eficaz.

“A Casa da Mulher Brasileira oferece uma ampla gama de serviços, incluindo recepção para coletar informações básicas, apoio psicossocial com psicólogas e assistentes sociais, registro de Boletim de Ocorrência na delegacia especializada de atendimento à mulher e solicitação de medidas protetivas, além de contar com um juizado especializado em violência doméstica, promotoria pública especializada e defensoria para acompanhamento jurídico.

Em casos de violência extrema, a Casa dispõe de um alojamento de emergência para mulheres e seus filhos, para acolhimento por até 48 horas. Pensando também nas crianças que frequentemente acompanham as mães, a Casa tem uma brinquedoteca. Um serviço de autonomia econômica também está disponível para oferecer capacitação às mulheres, para que encontrem oportunidades de trabalho”, informou Simone Souza.

Acolhimento - A importância da capacitação das equipes que atuarão na Casa da Mulher Brasileira de Ananindeua é destacada por Shakit Borelo, também representante da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres. Segundo ela, o treinamento é fundamental na definição dos fluxos de atendimento e na garantia de um acolhimento seguro às mulheres em situação de violência.

Shakit Borelo acrescentou que a formação básica visa assegurar que as equipes compreendam a importância do atendimento integral, e como a Casa se integra à rede de proteção à mulher.

Igualdade - A consultora sênior da ONU Mulheres, Ana Tereza Marinho, ressaltou o compromisso da Organização das Nações Unidas em apoiar o governo e a sociedade na implementação de acordos internacionais que promovam a igualdade de gênero e os direitos humanos.

A consultora disse ainda que a ONU Mulheres trabalha em parceria com o Ministério das Mulheres para elaborar protocolos e acordos, além de oferecer capacitação para equipes e gestores, visando tornar a Casa da Mulher Brasileira um serviço humanizado para mulheres em situação de vulnerabilidade.

A secretária Municipal da Mulher de Ananindeua, Leila Márcia Santos, também falou sobre a importância da Casa da Mulher Brasileira como um projeto do Governo Federal em parceria com a Prefeitura de Ananindeua. (Com informações do site da Prefeitura de Ananindeua)