Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
MEIO AMBIENTE 

Governo do Pará cria nova Unidade de Conservação Integral no Dia da Amazônia

Com 126 mil hectares, além da preservação, a 28ª Unidade de Conservação do Estado vai permitir pesquisas e estudos sobre o bioma amazônico 

Por Leonardo Nunes (SECOM)
05/09/2023 12h27

O Pará ganhou uma nova unidade de proteção integral do meio ambiente, na manhã desta terça-feira (5). O governador Helder Barbalho assinou o decreto que oficializa a 28ª Unidade de Conservação (UC) Estadual com a criação da Estação Ecológica (Esec) Mamuru, entre os municípios de Aveiro e Juruti, na região oeste paraense. 

A Esec Mamuru é estratégica para garantir a proteção de espécies ameaçadas de extinção e a manutenção dos serviços ambientais. Com 126 mil hectares, a nova UC vai reforçar o mosaico de áreas protegidas da região, que incluem parques nacionais com uma variada  biodiversidade e ecossistemas diversos.

“No Dia da Amazônia, o governo do Estado do Pará cria mais uma unidade de conservação. Além da preservação florestal, o que permitirá inclusive gestão da sua biodiversidade, com implementação de estratégias de conhecimento da biodiversidade local, também tem um papel importante da preservação dos povos tradicionais, das comunidades indígenas que habitam nesta região”, explicou o governador Helder Barbalho. 

“Isto compõe a estratégia do governo do Pará de ampliação das suas áreas de preservação, de fortalecimento da sua estratégia de floresta viva, de floresta em pé, conciliando com estratégias de concessão de florestas que estarão sendo lançadas em parceria com a iniciativa privada, de concessão de restauros de áreas que tiveram floresta e que sofreram um ataque de grilagem e de desmatamento e que possam recompor a sua área desmatada, como também as ações de intensificação das áreas produtivas, conciliando as vocações do Estado”, completou.

O presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Nilson Pinto, reafirmou que no local não será permitido nenhum tipo de atividade produtiva. “Lá será admitido apenas a preservação, os estudos científicos e a atividade de educação ambiental. Essa unidade é feita para proteger o coração da Amazônia, para proteger a diversidade biológica que lá existe, que é fundamental para nós, para o país e para o mundo. ”, afirmou. 

Já o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, ponderou que a região Unidade de Conservação (UC) Estadual está em uma região de alta preservação e destacou a necessidade de manter a conservação e preservação ambiental. “Essa estação ecológica talvez seja o tipo de unidade de conservação mais restritiva que tem, o que já por si só demonstra que aquela área tem um valor ecológico e ambiental importantíssimo”, ponderou. 

Com a oficialização da 28ª Unidade de Conservação (UC) Estadual, o local vai contar  com ações efetivas do Estado voltadas ao monitoramento, fiscalização e manejo adequado, a fim de garantir a preservação dos recursos naturais presentes na região. Além disso, serão promovidas atividades de educação ambiental e conscientização da população local sobre a importância da UC.

Estudos técnicos 

Para que o território pudesse ser elevado à categoria de área protegida, a equipe do Ideflor-Bio realizou diversos estudos técnicos e consulta pública que permitiram identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a UC. A realização desses processos de forma prévia, possibilita que a sociedade participe ativamente do processo, oferecendo subsídios para o aprimoramento da proposta.

“Essa medida tem vários estudos realizados pelo Ideflor-Bio sobre as condições socioeconômicas e as condições biológicas e toda a biodiversidade daquela região. Foram anos de estudos analisando a morfologia, as espécies que lá existem e que estão ameaçadas qual o valor biológico. Foram os estudos que detectaram a necessidade de preservar da ação predatória e que vai servir para que espécies procriem, para que a floresta seja mantida de pé, gerando seus efeitos benéficos para toda a população”, explica o Nilson Pinto.