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Em evento internacional, governador do Pará defende transição econômica para a Bioeconomia

Afirmação foi feita durante abertura da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias

Por Leonardo Nunes (SECOM)
30/08/2023 19h55

Na noite desta quarta-feira (30), o governador Helder Barbalho voltou a defender a bioeconomia como ferramenta de transição das atuais vocações econômicas do Pará. A afirmação do chefe do executivo estadual foi realizada durante a solenidade de abertura da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias. O evento reúne técnicos, estudiosos, lideranças nacionais e internacionais no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.  

“De forma muito particular, compreendo que hoje nós aqui temos a oportunidade de demonstrar ser possível a construção efetiva de uma ampla mobilização em favor da transição econômica na Amazônia. Nosso Estado representa um mosaico de desafios e oportunidades. Primeiramente, devemos valorizar nossa população. Possuímos 70% de floresta nativa, conjugando atividades econômicas que fazem uso do solo para a sua extração, produção e sobrevivência”,’ explicou o governador do Pará.

Helder Barbalho detalhou as potencialidades produtivas do Pará no seguimento mineral, alimentício e agropecuário, que contribuem para o desenvolvimento do Estado e para o equilíbrio da balança comercial brasileira. "Faço esta introdução por compreender ser fundamental falar um pouco sobre a realidade do hoje, ao momento que esta conferência se propõe a dialogar sobre o modelo que será construído para o futuro desta região”, ponderou. 

O governador avaliou ainda que o evento é uma estratégica oportunidade para debater a Amazônia atual e o futuro que se quer para o bioma. Para Helder Barbalho, o caminho passa pela regularização do uso do solo, o incentivo à bioeconomia, a valorização da floresta e o mercado de carbono como ferramenta de desenvolvimento socioeconômico.

“Uma economia que possa fazer da floresta viva o nosso principal ativo é essencial. E, para tal, a construção de uma lógica que valorize a biodiversidade como principal patrimônio de nosso meio ambiente é absolutamente decisivo”, disse. 

Bioeconomia é prioridade no Pará 

Helder Barbalho detalhou que, a transição econômica para a bioeconomia é necessário um conjunto de esforços que envolvem as instituições e a sociedade. O governador paraense afirmou que o Estado já iniciou essa mudança e trata de forma prioritária quem desenvolve a bioeconomia no Pará.

"No nosso Estado, quem escolhe bioeconomia tem acesso a crédito, tem prioridade de acesso a um título de terra e à licença ambiental. Essa é uma decisão de governo para estímulo e convocação a quem produz, fazer uma atividade com bom uso e de respeito ao meio ambiente”, explicou. 

Após o governador Helder Barbalho, o 8º Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, ministrou palestra reforçando importância da bioeconomia, afirmando preocupação com o clima, convocando a população para debater e cobrar a pauta meio ambiente dos governantes. “Essa agenda passa por Belém e vocês, na Amazônia, têm essa importante contribuição”, disse  Ban Ki-moon.

Até a quinta-feira (31), os  participantes irão debater temas como: novas economias, bioeconomia, economia circular, minerais estratégicos, mercado de carbono, economia solidária, ESG (Environmental, social and governance) e combate aos crimes ambientais. 

A proposta da Conferência é dialogar com a agenda do governo estadual na promoção de eventos com a temática da preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, como a Cúpula da Amazônia, realizada nos dias 8 e 9 de agosto em Belém, e a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças de Clima (COP-30), a ser realizada em 2025, também na capital paraense.

O evento é promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), uma organização sem fins lucrativos que reúne mais de 130 empresas e instituições que atuam no setor mineral e que assumiram o compromisso de proteger a Amazônia. 

Além do 8º Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, outras autoridades internacionais participaram do evento, como o primeiro-ministro da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte (1997-2007), Tony Blair; o ex-presidente da Colômbia (2018-2022), Iván Duque; o presidente do ICMM, Rohitesh Dhawan; o embaixador da UNESCO para a Sustentabilidade, Oskar Metsavaht; Neidinha Suruí, ativista na Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, entre outros.