Com apoio da Emater, extração sustentável de borracha resgata economia histórica no Marajó
Participantes foram atualizados sobre técnicas mais sustentáveis e um atendimento que facilite acesso a políticas públicas para melhor produtividade, preservação ambiental e inclusão socioeconômica
As equipes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Estado do Pará (Emater) em Anajás, Breves, Gurupá, Melgaço e Portel, no arquipélago do Marajó, estão em fase de preparação para prestar atendimento técnico na exploração sustentável de seringais nativos em ambientes de sociobiodiversidade.
O processo, que resgata a memória da Era de Ouro Branco na Amazônia do fim do século XIX e início do século XX, integra a logística do projeto "Marajó Sustentável de Seringais Nativos", lançado pelo Governo do Pará em 2022 dentro do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Seringueira no Estado do Pará (Proser), com coordenação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).
Capacitação - Neste mês de agosto, 15 profissionais da Emater que atuam no arquipélago do Marajó participaram, no polo Breves, de um treinamento realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a efetivação da parceria institucional.
A preparação teórica e prática atualizou os participantes sobre técnicas mais sustentáveis e um atendimento que facilite acesso a políticas públicas para melhor produtividade, preservação ambiental e inclusão socioeconômica. Ainda neste semestre, a Emater já incluirá pelo menos 100 famílias em cada município.
“Além da oportunidade de uso múltiplo da floresta, serve à geração de renda e à diversificação de atividades. Via o acompanhamento da Emater, esses agricultores já trabalham ecologicamente com extrativismo de açaí e produção de óleos, como o de andiroba”, indica o supervisor regional da Emater no Marajó, o sociólogo Alcir Borges, especialista em Gestão Pública e Sociedade.
Para o engenheiro agrônomo Ozias Aquino, do Núcleo de Planejamento (Nuplan) da Sedap, as novas tecnologias são uma ferramenta de redescoberta da cadeia produtiva da borracha:
“Identificamos grande quantidade de seringais nativos na região do Marajó e a proposta é um resgate da História, porém, agora com contexto social e modernizador, de difusão tecnológica inovadora no acesso ao crédito rural. As famílias são protagonistas da cadeia produtiva”, diz.
Texto: Aline Miranda/Ascom Emater