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SEGURANÇA NAS ESCOLAS

Gestores da Seduc e comandantes da PM discutem ações imediatas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/03/2018 00h00

Gestores de Unidades Seduc na Escola (USEs) e de Unidades Regionais de Educação (UREs) da Região Metropolitana de Belém (RMB) deverão se reunir, nos próximos dias, com os comandantes de Batalhões e Companhias da Polícia Militar do Pará com o objetivo de traçar estratégias de enfrentamento à violência dentro das escolas. No primeiro momento, será realizado um diagnóstico das escolas que estão em situação mais vulnerável, para que a presença da polícia nessas unidades seja intensificada.

A medida foi decidida na tarde de quarta-feira (28), durante reunião entre a PM e gestores para tratar do problema, na sede do comando da Polícia Militar, na Avenida Augusto Montenegro, em Belém.

O coronel PM Roberto Campos, secretário adjunto de Logística Escolar da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que coordenou a reunião, disse ter percebido, em vários encontros com diretores de escolas, que não havia, em muitos casos, essa aproximação entre a comunidade escolar e o Sistema de Segurança Pública. A ideia nesse primeiro momento, disse ele, foi promover essa integração com a PM, para que estratégias e projetos possam ser desenvolvidos em conjunto para combater a violência.

Roberto Campos explicou aos comandantes de batalhões e oficiais da Polícia Militar como funciona a estrutura administrativa da Seduc, que conta com USEs, em Belém, e UREs, nas demais regiões do Estado. Essas unidades são responsáveis pela administração das escolas.

Segundo o secretário adjunto, apenas na RMB funcionam 354 escolas da rede pública estadual. “Hoje, nós sabemos que a Cipoe (Companhia Independente de Policiamento Escolar), precisa de mais ferramentas, de dentro da Seduc e da Segup (Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social), para combater a violência no ambiente escolar”, ressaltou. Ele mostrou aos gestores a importância da utilização do telefone 181 para denúncias anônimas acerca de episódios de violência que podem ocorrer dentro ou no entorno das escolas.

Os comandantes dos batalhões se apresentaram aos gestores de USEs e UREs e estreitaram os canais de comunicação com a comunidade escolar. Eles também apresentaram alguns projetos – uns em fase de elaboração e outros já sendo executados - com o objetivo de combater a violência nas escolas da rede estadual.

Cunho social - O comandante do 2º Batalhão da PM, coronel Luiz Octávio Rayol, falou sobre o projeto que será desenvolvido na Escola Estadual General Gurjão, do Bairro da Cidade Velha, que tem entre seus objetivos resgatar nos alunos o espírito cívico e os valores de respeito aos professores e aos colegas. “O que nós queremos mostrar com esse projeto é que o trabalho policial não é só repressivo, mas também pode e deve ser de cunho social”, afirmou.

O gestor da 8ª URE, que abrange o município de Castanhal e adjacências, José Carlos Pinheiro, informou que, naquela região, a URE tem uma parceria com a Polícia Civil, por meio da qual são realizadas palestras nas escolas localizadas nos bairros mais violentos sobre temas de interesse da área de segurança pública, como tráfico de drogas. Além disso, as escolas mantêm uma comunicação direta, por meio de aplicativos de celular, com a Polícia Militar, a fim de que qualquer ocorrência de violência possa ser acompanhada e solucionada o mais rapidamente possível. “Sem dúvida, a simples presença da polícia na escola, quando da realização dessas palestras, já ajuda a intimidar as ações violentas”, ressaltou José Carlos Pinheiro.

A próxima reunião entre gestores e oficiais da PM está marcada para 13 de abril (sexta-feira), quando já deverá ser apresentado o relatório das escolas que necessitarão de ações consideradas prioritárias da Polícia Militar.