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Adepará treina fiscais e agentes agropecuários para atuação na defesa sanitária animal

Em Marabá, treinamento reúne 50 profissionais do segmento, que recebem embasamento teórico e prático sobre a atuação da defesa agropecuária no Pará

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
24/08/2023 10h40

Com o terceiro maior rebanho bovino do Pará e o maior rebanho suíno do estado, o município de Marabá, no sudeste paraense, é sede de uma capacitação em defesa sanitária animal que está sendo promovida pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) para fiscais agropecuários e agentes fiscais do mesmo segmento.

O objetivo da iniciativa é qualificar os profissionais com conhecimentos e procedimentos quanto às principais doenças de importância econômico-sanitária e de notificação obrigatória, fornecer orientação sobre as ações e diretrizes dos diversos programas sanitários e setores técnicos da Defesa Animal estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

As atividades de aprimoramento se estendem até a próxima sexta-feira (25) e têm como público-alvo 22 fiscais agropecuários (médicos veterinários) e 28 agentes fiscais agropecuários das Regionais da Adepará localizadas nas cidades de Marabá, São Geraldo do Araguaia, Tucuruí, Tucumã, Redenção e Xinguara.

De acordo com a diretora de Defesa e Inspeção Animal, Adriele Cardoso, a capacitação é uma ferramenta essencial para fortalecer a execução dos programas e o alcance das metas propostas pela Agência. 

“É importante realizar o treinamento para dar o embasamento teórico e prático sobre a atuação da defesa agropecuária no estado. A equipe estará preparada para atender notificação, fazer coleta de amostras e atuar em um possível foco para sanar a disseminação de uma doença. É um treinamento semestral e, a cada semestre, nós incluímos um bloco de Regionais para realizar a qualificação relacionada aos temas da defesa agropecuária”, ressaltou.

Qualificação - Durante toda a semana, os profissionais participam de aulas teóricas e práticas sobre os programas sanitários, ações de fiscalização e controle em revendas agropecuárias, fiscalização  móvel e de eventos agropecuários. 

“Nessa região ocorrem muitos eventos agropecuários e a Adepará também é responsável por essa fiscalização. Nosso trabalho também é de atualizar nossos técnicos para atuar nesses eventos, como os leilões, onde ocorre grande concentração de animais de diversas propriedades. A Agência de Defesa é responsável em fazer esse controle desde a fiscalização prévia do recinto, das entidades promotoras, das propriedades em geral, até a realização do evento e seu término com a destinação dos animais”, explicou Paulo Bastos, gerente do Trânsito Agropecuário da Agência. 

As atividades práticas nas propriedades estão sendo ministradas pelo corpo técnico que atua na gerência dos programas estaduais. Para melhor aproveitamento, os participantes foram divididos em grupos, que são deslocados para as propriedades a fim de vivenciar a rotina da Agência no contato direto com o produtor rural.

“É um treinamento com modalidade prática em todas as atividades desenvolvidas pela Agência na defesa sanitária animal, contemplando o aperfeiçoamento desde a base cadastral até os procedimentos de vigilância e fiscalização nas diversas atribuições da Adepará, definindo princípios e diretrizes gerais para a vigilância veterinária, fornecendo orientações para a padronização das atividades do serviço veterinário oficial e dos seus registros, contribuindo para o fortalecimento e melhoria na  avaliação da qualidade de atenção veterinária na sanidade agropecuária do estado", explicou Graziela Oliveira, gerente de Defesa Animal.

Para a veterinária Karine Campos, o treinamento é importante para manter o profissional do campo atualizado. “Houve muitas mudanças na legislação e nós precisamos nos atualizar sobre essa base legal para realizar o nosso trabalho. Além disso, o curso tem uma abordagem prática e isso facilita o aprendizado e nos prepara para agir em uma emergência sanitária. Temos ainda a oportunidade de ver várias espécies que são trabalhadas nos programas sanitários, como bovinos, suínos, caprinos e abelhas”, enfatizou a fiscal.

No curso, os participantes também estão sendo treinados para utilizar os sistemas integrados de informações agropecuárias, já que com previsão de suspensão da vacina - que deve ocorrer em 2024 - haverá aumento da vigilância e o reforço das etapas de atualização cadastral, exigindo maior responsabilidade do servidor no preenchimento dos cadastros.

“O servidor precisa estar capacitado para fazer o cadastro de forma correta a fim de coibir possíveis fraudes e traduzir a realidade do estado inteiro quanto à existência das propriedades e dos rebanhos”, ressaltou Joélia Guerra, da Unidade de Controle de Cadastro Agropecuário.