CIIR adere ao Agosto Dourado e incentiva o aleitamento materno
O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, adere ao Agosto Dourado e a partir desta quarta-feira (16), realizará, até o fim deste mês, junto a reabilitandos, acompanhantes e colaboradores, ações de educação em saúde com destaque à temática mundial deste ano, “Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”, com a finalidade de informar à sociedade sobre a importância e apoio à amamentação no local de trabalho. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno, segundo o Ministério da Saúde (MS).
Em parceria com o setor de Arte e Cultura, o Grupo de Trabalho Humanizado (GTH) promoveu o evento na recepção do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), por intermédio de uma “Roda de Conversa” interativa que foi conduzida pela enfermeira do CIIR, Cristina Goes. A programação contou com a montagem de um varal de exposição do conteúdo e atividades práticas integrativas.
Participante do evento e com uma rede de apoio ofertada pelo CIIR em amamentação no local de trabalho, a professora de teatro da instituição, Paula Barros, retornou às atividades laborais há um mês, vivenciando o teor da campanha no dia a dia.
“Este apoio é fundamental, porque são quatro meses de licença-maternidade garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Um período complexo, que traz inúmeras demandas ao psicológico da mãe e importante ao laço afetivo com a criança. É uma experiência única e eu pensei que estivesse preparada, mas no retorno ao trabalho, não consegui tirar leite materno. Tive que aprender. É um novo conhecer, uma nova vivência e a mãe precisa da rede de apoio para superar. Não são somente os direitos da mulher, mas também, da criança. É importante todo o conjunto. Uma ótima iniciativa”, relata a mãe do pequeno Bento Barros, de quatro meses.
Em seu quinto mês de gravidez, Letícia Campos, de 23 anos, esteve acompanhando o sobrinho em terapia no CIIR e aproveitou para também participar da “Roda de Conversa” para tirar suas dúvidas diante da temática.
“Compreendi a importância da amamentação exclusiva a longo prazo, tratando de seus benefícios e os malefícios da precocidade de qualquer outro alimento, antes dos seis meses de vida. Como a minha família é do interior, tem hábitos peculiares, o meu pai já estava planejando dar açaí ao meu filho após alguns meses depois de nascer. Na ação, foi dito que pode prejudicá-lo. Então, irei levar conhecimento aos familiares”, sinalizou, com risos.
A importância - De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida reduz em até 63% as internações hospitalares por doenças respiratórias, como é o caso da pneumonia, bronquiolite e gripes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera ideal um período de dois anos, ou mais, de amamentação. “A alimentação de bebês até seis meses de vida deve ser exclusiva com leite materno, porque proporciona todos os nutrientes e vitaminas para manter a saúde e o desenvolvimento da criança de forma sadia”, explica o pediatra do CIIR, Alan Contente, que destaca ainda, a partir dos sete meses, paralelamente ao leite materno, a criança deve iniciar, aos poucos, a ingestão de outros alimentos como frutas e legumes; moderadamente, ingerir água e sucos naturais.
Benefícios – Segundo o profissional, o ato de amamentar gera diversos benefícios aos pequenos, inclusive, fortalecendo o vínculo materno-infantil. “A amamentação cria um laço afetivo de apego e carinho entre mãe e filho. Além do mais, diminui o risco de infecções e a genitora, por intermédio do leite materno, garante anticorpos que oferta imunidade à criança”.
Para a mãe - A amamentação estimula a liberação de ocitocina, um hormônio que ajuda o útero a retornar ao seu tamanho normal mais rapidamente após o parto. Segundo o Ministério da Saúde (MS), estudos desenvolvidos demostram que mulheres que amamentam durante o período estimado têm um menor risco de desenvolver câncer de mama e ovário e, ainda, a amamentação está associada a um menor risco de osteoporose e doenças cardiovasculares.
Alerta – Em alguns casos de recém-nascidos que não conseguem mamar e a mãe suspende a amamentação, o pediatra Alan Contente alerta para as comorbidades que o bebê pode adquirir a longo prazo. “A criança pode desenvolver a obesidade ainda na fase infantil ou, posteriormente, na adulta; desnutrição; e infecções, são outros pontos negativos”.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a amamentação deve ser estimulada já na primeira hora de vida, ainda na sala de parto. “Para o bebê pegar corretamente o peito e não sofrer para achar a posição correta, a mãe deve posicionar prestando a atenção na posição do bebê durante o ato. Ele deve ficar alinhado ao seu corpo, barriga com barriga; visualizar a boca do bebê deixando-a com o lábio superior invertido e demarcando a auréola dos seios por completo sem pegar somente no bico; se o bebê está sugando adequadamente, as orelhas devem ficar alinhadas com os ombros para que assim, consiga realizar uma pegada mais efetiva”, detalha o pediatra , aconselhando as mães a sempre procurarem um profissional especializado na área de pediatria, médicos ou enfermeiros, para auxiliá-las em caso de dúvidas.
Referência - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez, encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).
Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.
