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Governo do Pará avança na agenda de estímulo à bioeconomia com ações em comunidades tradicionais 

Em apenas um ano, Semas e parceiros implantaram de seis pontos de inovação de bioeconomia em territórios de povos e comunidades tradicionais nas regiões do Marajó, Baixo Amazonas e Tocantins. 

Por Igor Nascimento (SEMAS)
16/08/2023 12h29

Pioneiro no Brasil ao lançar um Plano de Bioeconomia, o Governo do Pará segue firme com o objetivo de promover a transição para uma economia de baixo carbono. No total, só em uma iniciativa, já foram implementados, em ações, mais de R$1,2 milhão nas atividades de estímulo ao empreendedorismo social por meio da iniciativa Inova Sociobio, que integra a agenda de bioeconomia no Pará. 

Em um ano, as ações conduzidas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas), em parceria com a The Nature Conservancy (TNC), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e Iniciativa Internacional de Clima e Floresta da Noruega (NICFI, na sigla em inglês), já garantiram a implantação de seis pontos de inovação de bioeconomia em territórios de povos e comunidades tradicionais localizados nas regiões do Marajó, Baixo Amazonas e Tocantins. 

Ao todo, as atividades desenvolvidas nesses territórios também ofereceram  capacitação a 420 membros de comunidades tradicionais, com prioridade para a juventude e mulheres, com o tema do empreendedorismo e inovação para a bioeconomia e a realização de 30 mentorias para os bionegócios, com workshops de cultura empreendedora, inovação, painéis sobre bioeconomia e acesso a mercados.

“O projeto Inova Sociobio é muito importante, principalmente para nós aqui do Marajó que, apesar de ser uma região que tem muita visibilidade turística, ainda precisa se desenvolver. Esse projeto trouxe para a comunidade oficinas de biojoias para trazer mais a nossa ancestralidade, além de oficinas de manejo florestal e de plantio. O Inova começou aqui com o diálogo com a comunidade, depois que vieram as oficinas, então o projeto é muito bom porque começa com esse processo de construção coletiva e ainda estimula a conscientização sobre o cuidado com a floresta, o plantio e o fortalecimento e cuidado com a nossa juventude”, diz Valéria Carneiro, liderança Quilombola do município de Salvaterra e uma das beneficiárias das ações do Inova Sociobio.

Transição econômica - Mauro O’de Almeida, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), destaca que o objetivo principal do Estado com as ações do Plano de Bioeconomia é pavimentar a transição socioeconômica do Estado por um caminho de baixo carbono com foco no desenvolvimento sustentável e inclusivo.

“O nosso objetivo é promover as bases da transição econômica do Estado para uma economia de baixo carbono, com foco no potencial mapeado de geração de receitas a partir da bioeconomia como um de nossos pilares, estudos indicam o potencial de até 30 bilhões de dólares até o ano de 2040 e outros 120 bilhões de dólares com a exportação de bioprodutos florestais. Esses são objetivos que constam no nosso plano e que estão no nosso norte, por isso, destacamos o Inova Sociobio, como um projeto que fomenta o empreendedorismo e a inovação em cadeias da sociobioeconomia de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, beneficiando principalmente jovens e mulheres”, destaca o secretário.

O titular da Semas destaca, ainda, a entrega dos ‘pontos de inovação’ nos territórios escolhidos através de edital.

“Com as ações do Inova Sociobio, já entregamos pontos de inovação nos municípios de Oeiras do Pará, Curralinho, Gurupá, Belterra, Salvaterra e Moju. São espaços multifuncionais para o desenvolvimento de oficinas de estímulo ao empreendedorismo social, negócios de impacto e tecnologias sociais à comunidade. Agora, esta ação está em fase final e o próximo passo, já em setembro, será a realização de workshops para verificar as entregas de cada comunidade”, complementa o secretário.

Com mais de 90 ações previstas, envolvendo 14 secretarias do Governo, já com orçamento em implementação em 2023, o Plano de Bioeconomia do Pará é o primeiro do Brasil e confere potencial ao Estado para ser líder nacional nessa área. Entre as próximas ações previstas no Plano a serem implementadas estão a abertura de uma linha de microcrédito diferenciado para Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais (PIQCTs), a implantação do Parque de Bioeconomia, em Belém, além da ampliação das ações do Inova Sociobio para 20 comunidades em 2024.