Em todo o Pará, agricultores indicam a importância da Emater para o futuro da Amazônia
Com investimento em políticas públicas para o segmento, governo estadual reforça papel estratégico da assistência aos agricultores familiares
Ao mesmo tempo a capital do Pará sediava importantes eventos como o "Diálogos Amazônicos" e a "Cúpula da Amazônia", a mais de 200 km dali, em Tailândia, na região de integração do Tocantins, o produtor rural José Valdir Hoss, de 59 anos, atendido há mais de três décadas pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), também refletia sobre o futuro da Amazônia a partir de suas vivências no campo.
“A Emater nos dá as mãos e o mundo está sabendo. Esses eventos podem dar visibilidade para a força do produtor rural, do pequeno ao grande, e ainda criar muitas oportunidades, portas, inclusive no significado de recursos, porque, para reflorestar e manter preservado, junto com vontade e consciência, é preciso recurso”, aponta, a partir de sua experiência à frente dos sítios As Capivaras e Estrela do Sol, localizados na rodovia PA-150, onde ele, a esposa e os quatro filhos trabalham com apicultura e piscicultura.
De uma ponta a outra do estado do Pará, agricultores familiares e profissionais do setor rural ocupam posição de protagonismo em relação à atuação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) no cenário preparatório da Conferência do Clima das Nações Unidas - ONU (COP 30), que será realizada em Belém, em 2025.
No último sábado (05), durante o lançamento oficial do Plano Safra da Agricultura Familiar no Pará, momento que integrou os "Diálogos Amazônicos", o governador Helder Barbalho reafirmou a importância da Emater para o desenvolvimento sustentável da Amazônia:
“Fundamental. A Emater tem um papel estratégico de apoiamento técnico, principalmente com o olhar de assistência técnica ao produtor da agricultura familiar”, disse. O chefe do Executivo estadual ressaltou o fortalecimento da parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para alavancar acesso a crédito rural.
A previsão de montante para este ano da política pública de financiamento da agricultura familiar considera mais de R$ 1 bilhão e meio para projetos, sob uma inclusão inédita de quilombolas e indígenas como beneficiários de linhas mais amplas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e redução de taxa de juros para quem produz arroz e feijão, entre outros.
“A Emater estará na linha de frente para garantir que famílias agricultoras no Pará tenham acesso ao crédito rural”, enfatizou o presidente da Emater, Joniel Abreu.
Infraestrutura - Em Nova Esperança do Piriá, na região de integração Rio Capim, o técnico em agropecuária Leandro Silva, chefe do escritório local da Emater, também anseia pelo entendimento da sociedade civil em relação ao que a Empresa de Assistência efetiva no dia a dia dos 144 municípios paraenses.
“São ações, atividades e ciência. Uma roda-viva que repercute na economia, na cultura, no bem-estar social”, resume. Naquele município, a pecuária e pimenta-do-reino são os destaques na produção.
Ainda na agenda dos "Diálogos Amazônicos", no domingo (06), o Governo do Estado implementou um sistema pioneiro no país de liberação automatizada do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O CAR 2.0 transforma a tecnologia do processo de emissão dos documentos obrigatórios para a regularização de imóveis rurais, conforme o Código Florestal (Lei federal 12.651/12). Dos mais de 40 mil CARs validados na solenidade, pelo menos 20 mil foram elaborados pela Emater.
“O avanço tecnológico reúne novas ferramentas, novas capacitações e novos resultados. Para a Emater, é um excelente caminho sem volta. O objetivo é aperfeiçoar a parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas)”, explica o chefe do Núcleo de Geotecnologia, Diagnóstico e Rastreabilidade (NGDR/Labgeo) da Emater, Jamerson Vianna.
Texto: Aline Miranda/Ascom Emater
