Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
GOVERNO

Presidente da França recebe óculos de miriti desenvolvido no PCT Guamá

Óculos de realidade virtual vem sendo utilizado para facilitar a aprendizagem de disciplinas como geometria, geografia, entre outras atividades

Por Sérgio Moraes (PCTGuamá)
26/07/2023 09h50

O presidente francês, Emmanuel Macron, foi presenteado com um MiritiBoard VR, óculos de realidade virtual, feito de miriti, árvore nativa da Amazônia. O acessório foi desenvolvido no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, pela empresa Inteceleri, residente do complexo. O presente foi entregue durante um evento em homenagem aos 140 anos da Aliança Francesa, em Paris. A notícia foi divulgada na rede social da organização, na semana passada.

A presidente da Aliança Francesa, em Belém, Sabine Galvão, foi quem entregou a lembrança. “A senhora Sabine levou os óculos de miriti ao presidente para valorizar o artesanato, todas as competências locais, produtos e a tecnologia feita na Amazônia”, detalha Justine Delefortrie, diretora da escola de idiomas na capital paraense.

A parceria entre a Aliança Francesa e a startup Inteceleri começou em 2021, quando a instituição de ensino se interessou em utilizar os óculos de realidade virtual como parte da metodologia de aprendizado do idioma. A ferramenta tecnológica, com um ambiente interativo, e também com o metaverso, que simula a realidade, facilitou a didática com os estudantes, através de trilhas de aprendizagem que foram criadas.

Frutos do miriti ou buritis, colhido da palmeira chamada mauritia flexuosa, popularmente conhecida como miritizeiro “Nas trilhas, nós usamos a tecnologia para gerar e facilitar o processo de ensino e aprendizagem, proporcionando uma experiência imersiva, onde ela gera conhecimentos teóricos, depois conhecimentos intrínsecos, que façam sentido para o aluno e por último a transformação de tudo em prática” explica Walter Junior, CEO da Inteceleri.

Professor, Walter Jr: "Nas trilhas, nós usamos a tecnologia para gerar e facilitar o processo de ensino e aprendizagem" A cooperação da startup do PCT Guamá com a instituição em Belém deve continuar. A ideia é captar recursos para ampliar o aplicativo Geometa, que permite o aprendizado de geometria plana e espacial dentro do metaverso, trazendo novos elementos da língua e da cultura francesa, e assim os estudantes poderão aprender matemática e francês simultaneamente no ambiente virtual. “Estamos usando óculos de miriti para ensinar a língua francesa, e agora estamos em colaboração com a Inteceleri para também incluir o francês dentro do geometa”, comenta Justine. 

O projeto visa atingir cerca de 150 mil estudantes da rede pública no Pará e no Amapá. “Depois que nós conhecemos a Aliança, tivemos um destaque muito grande no mundo todo, e com isso a embaixada Francesa ficou interessada em nos conhecer também. Estabelecemos um contrato, que possibilita patrocínios e investimentos, para que possamos trazer mais elementos conectados à língua francesa para o nosso aplicativo”, acrescenta Walter Junior. 

Em Belém, a sede do PCT GuamáTecnologia para educação na Amazônia

O MiritiBoard VR é um óculos de realidade virtual que utiliza a fibra de miriti como matéria-prima, e foi desenvolvido pela Inteceleri em 2017 para promover a imersão de alunos e professores em espaços virtuais, facilitando a aprendizagem de disciplinas como geometria, geografia, entre outras atividades. O acessório oferece um aprendizado dinâmico e sustentável, e torna o processo de ensino, principalmente para crianças e adolescentes, mais atrativo, através de uma metodologia de ensino inovadora com demonstrações práticas de conceitos em várias áreas do conhecimento. 

No mercado de tecnologia para educação desde 2014, a Inteceleri atua na criação de jogos e metodologias inovadoras, com o objetivo de ajudar professores e alunos de maneira mais dinâmica. Mais de 450 mil alunos nos estados do Pará, Amapá, Ceará, Maranhão e Amazonas, já foram alcançados pelos projetos desenvolvidos pela startup instalada no parque tecnológico do Pará. 

Texto de Ayla Ferreira, com supervisão de Sérgio Moraes