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Psicopedagogia usa matemática na reabilitação de crianças autistas no CIIR

Psicopedagoga, Isabela Melo destaca que as operações matemáticas aplicadas em processo terapêutico contribuem para cognição dos assistidos

Por Pallmer Barros (CIIR)
21/07/2023 08h44

A Psicopedagogia, por intermédio da matemática, consegue, de forma lúdica, potencializar a reabilitação de crianças autistas assistidas pelo Núcleo de Atendimento Transtorno do Espectro Autista (Natea), no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém. 

De acordo com Isabela Melo, psicopedagoga do Natea, o plano terapêutico trabalha as funções de soluções problemas do cotidiano envolvendo as quatro operações matemáticas que são a soma, divisão, subtração e multiplicação, que garantem autonomia e cognição aos autistas.

“A atividade estimula as funções do dia a dia para que o reabilitando tenha a independência de saber administrar o dinheiro, como por exemplo: reconhecer troco e somar valores corretamente”, destaca.

A profissional salienta que a dinâmica utiliza protótipos de moedas e cédulas de dinheiro para organizar a criança a ir ao mercado e realizar as funções monetárias. “Conhecendo as funções de valores, o reabilitando vai visualizá-las para poder fazer a somatória e vê quanto gastou; aprende a comprar com o valor certo ou valor a mais para saber receber a quantia de troco”. 

Segundo a terapeuta, as funções de soluções problemas garantem também a educação financeira planejando “girar” o dinheiro, ou seja, administração correta. “A terapia trabalha para que o usuário consiga aprender a administrar o seu dinheiro gastando de uma forma funcional, isto é, se tem um valor em espécie, não gastar o que tem em apenas um produto, mas sim, em mais de um no formato inteligente. Devemos ter esse planejamento aprendendo desde criança para quando chegar à fase adulta, não ter dificuldade de administrar a vida financeira”. 

Um dos reabilitandos que vem conquistando autonomia e utilizando a matemática de forma funcional no cotidiano é Samuel da Silva, de 8 anos. Segundo a mãe, Leyde da Silva, o garoto consegue em casa desenvolver a didática. 

“Utilizamos o cofrinho. Se ele quer um brinquedo, eu digo: ‘Você vai juntar dinheiro neste cofrinho por um período, quando chegar a data estipulada, vamos abrir e contar o dinheiro; se chegamos ao valor do produto, você tira e compra. Caso não, seguimos juntando’. É uma forma também de incentivá-lo a administrar o dinheiro com consciência. Os profissionais do CIIR sempre pedem que a gente continue com as dinâmicas desenvolvidas durante as terapias, em casa; é desta forma que eu faço com o Samuel”, detalha a genitora. 

Referência - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço:

O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.