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Tempo de permanência em UTI da Santa Casa cai com pós-cuidados intensivos 

Hospital tem parceria do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
12/07/2023 12h39

A Fundação Santa Casa apresentou o resultado do segundo ciclo de uma parceria entre a instituição e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, com início em fevereiro deste ano. De acordo com Fernanda Paganoti, do hospital Oswaldo Cruz, o projeto tem parceria do Ministério da Saúde, através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), cujo objetivo é reduzir o tempo de permanência hospitalar e o aumento do giro de leitos. A iniciativa também busca a alta precoce de forma segura e a melhora no processo de reabilitação e na qualidade de vida do paciente.

“Este projeto tem como objetivo otimizar o fluxo hospitalar desde a Unidade de Terapia Intensiva até o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) dos pacientes com síndrome pós-cuidados intensivos, visando reduzir as complicações clínicas, favorecer a reabilitação precoce, otimizar a alta segura e avaliar o impacto na qualidade de vida destes usuários”, informa Fernanda.

diretora técnica Assistencial da Fundação Santa Casa, Norma Assunção Norma Assunção, diretora técnica Assistencial da Fundação Santa Casa, informa que o custo de um paciente é elevado. “Quanto mais tempo ele fica na UTI, maior o custo dele para a população, porque o nosso dinheiro vem da população, então se você conseguir trabalhar com esse paciente, assistir esse paciente de forma qualificada, segura, em um tempo menor de tratamento, isso tudo baseado em segurança. Segurança para alta, pensando nesse olhar. Se você trabalhar com isso você reduz o tempo de internação, que foi isso que conseguimos nesse projeto”. 

“Nesses meses de aplicação nós saímos de 7.1 dias para 5.5 dias. Reduzimos quase dois dias. Um ganho para o paciente, que sai com menos sequelas. E esse é o objetivo do projeto que tem o nome de Reabilitação pós síndrome do cuidado pós-UTI. Porque todo paciente que fica muito tempo em uma UTI, sai com algum tipo de sequela, que precisa ser trabalhada a sua reabilitação, quer seja motora, respiratória, em algum nível ele vai precisar ser trabalhado para poder ter uma vida com mais qualidade em sua casa”, informa Dra Norma.

O projeto alia o trabalho no hospital com o “Programa Melhor em Casa”, que é desenvolvido pela prefeitura de Belém, levando em conta que esse paciente vai precisar desse cuidado em casa, após sua alta hospitalar. Um ganho porque diminui esse tempo na unidade de internação.

Gabriel Gaia, médico de família e comunidade da prefeitura de Belém, informa que o projeto de reabilitação pós-cuidados intensivos é o segundo projeto em parceria com a Santa Casa, que é uma forma de conseguir reduzir o tempo de permanência dos usuários dentro do serviço hospitalar e com isso garantir uma alta segura.

“Esse processo traz diversos benefícios, tanto para o paciente que é o nosso principal objetivo junto aos familiares e aos profissionais que estão assistindo. Isso diminui o custo público porque a gente consegue reabilitar e reinserir esse usuário na sociedade. Dentro desse projeto a gente consegue estreitar o nosso laço com a Santa Casa, que é a unidade de referência para o estado. E essa parceria proporciona os nossos fluxos internos junto aos da Santa Casa otimizar os leitos tanto da unidade, quanto após a alta desse paciente”, destaca o médico.

Gabriel destaca que a parceria com a Oswaldo Cruz para o programa Melhor em Casa é fundamental pelo aval do Proadi SUS. “A reabilitação pós cuidados intensivos é alinhada justamente a isso e a nossa potencialidade dentro do programa Melhor em Casa é a equipe multidisciplinar, nós temos a presença de nutricionistas, fisioterapeutas, médicos, enfermeiro, psicólogo, assistente social e tudo isso otimiza a reabilitação do paciente no domicílio e sempre alinhado a um projeto terapêutico singular (PTS). O paciente, desde a sua alta, já está alinhado no que nós temos como meta dentro da reabilitação.  Um ganho para o usuário, para os familiares e para toda a sociedade”.

Para a médica intensivista Nelma Machado, que gerencia a UTI Centenário da Santa Casa, o projeto alcançou neste último semestre avanços consideráveis. “A parceria com o hospital Alemão Oswaldo Cruz proporciona ferramentas e protocolos que nos auxiliam na aplicação em nosso dia a dia e os resultados são promissores. Conseguimos reduzir em 30% o tempo de permanência do paciente. Na UTI centenário temos 10 leitos físicos, com essa redução de permanência teoricamente passamos a ganhar mais quatro leitos. Por conta dessa redução de tempo de permanência, conseguimos oferecer mais leitos para outros pacientes”.

“É um ganho imenso para sociedade, hoje, se eu conseguir girar mais leitos nessa unidade, posso receber mais pacientes. E esse doente não espera por tanto tempo na rede, em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), em uma UBS (Unidade Básica de Saúde)  ou até em outra UTI, necessitando de um hospital com especialidade como é a Santa Casa e aí eu consigo receber mais precoce esse paciente, com menos complicações e menos sequelas. O objetivo agora é avançar para outras áreas do hospital para que a gente consiga trabalhar a humanização e reduzir esse tempo para internar mais pacientes e com isso a Santa Casa seja uma referência para outros parceiros, como o desenvolvido pela prefeitura de Belém, com o projeto Melhor em Casa”, diz Nelma Machado.   

Ascom da Fundação Santa Casa