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Pará recebe técnicos do Ministério da Saúde e Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta

As equipes conheceram o Laboratório Central do Estado e a Unidade Sentinela de Belém, que coletam e analisam vírus respiratórios

Por Governo do Pará (SECOM)
10/07/2023 21h18

As equipes monitoram variantes dos vírus causadores de Síndromes Respiratórias circulantesCom o objetivo de conhecer o trabalho, identificar fragilidades e recomendar medidas para fortalecer a rede de vigilância dos vírus respiratórios no Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde e do Departamento de Epidemiologia, recebeu nesta segunda-feira (10) a visita da equipe de Vigilância de Síndromes Gripais do Ministério da Saúde (MS) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) de Atlanta, Estados Unidos.

Pela manhã, os visitantes participaram de uma apresentação feita pela Sespa, Instituto Evandro Chagas (IEC) e MS, no auditório do Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen). À tarde, houve visita técnica às instalações do Lacen e à Unidade de Pronto Atendimento da Sacramenta, uma das Unidades Sentinela de Belém, onde são feitas coletas para análises de vírus respiratórios.

Amostras coletadas na Unidade da Sacramenta e encaminhadas ao LanceEquipes de Vigilância de Síndromes Respiratórias do MS, dos estados e municípios atuam monitorando as variantes dos vírus causadores de Síndromes Respiratórias circulantes, avaliam o impacto da vacinação contra a doença e acompanham a tendência da morbidade e da mortalidade associadas à doença.

Segundo Walkiria Almeida, assessora técnica da Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, do Ministério da Saúde, o MS firmou uma cooperação técnica com o CDC dos Estados Unidos, e dentro dessa cooperação está justamente o fortalecimento da vigilância sentinela das síndromes gripais. "Antes da pandemia de Covid-19 as vigilâncias sentinelas tinham um olhar muito voltado para Influenza, mas agora o olhar da Organização Mundial da Saúde está voltado para os vírus respiratórios com potencial de surtos, epidemias e pandemias", ressaltou.

Walkiria Almeida, assessora do Ministério da SaúdeWalkiria Almeida acrescentou que o Pará foi escolhido para essa visita técnica primeiramente por ser na Amazônia. "Não se pode discutir vigilância de síndromes respiratórias de forma geral no Brasil; cada região tem cenários bem diferentes. O Pará foi escolhido pelas dimensões geográficas e pelas peculiaridades climáticas da Amazônia. O CDC se interessou também porque o Pará tem maneiras diferentes de fazer a vigilância, comparado com outras regiões do Brasil", avaliou a assessora técnica.

Para fazer a análise das amostras de pacientes com Síndromes Respiratórias, o material coletado deve ser enviado pelos municípios e chegar em até 72 h ao Lacen, em Belém. As distâncias e dificuldades de logística são grandes desafios para a vigilância no Pará, destacou Daniele Nunes, diretora de Epidemiologia da Sespa.

"Devido às grandes dimensões do Estado, temos um grande desafio no que diz respeito ao envio das amostras, porque nossa referência laboratorial é o Lacen-PA, que fica em Belém. A nossa proposta é ampliar a rede outras regiões do Estado, para que a gente possa captar mais amostras de pacientes com síndromes respiratórias, justamente para a gente ver quais são os vírus que estão circulando no Estado", informou Daniele Nunes, ressaltando que a equipe da Sespa está aproveitando essa oportunidade para trocar experiências e definir novas estratégias.

Daniele Nunes, diretora de Epidemiologia da SespaVisitas – À tarde, a comitiva do CDC visitou as instalações do Lacen-PA, para conhecer o fluxo desde a chegada da amostra ao Laboratório, passando pela análise, até a disponibilização do resultado no sistema para o município e o usuário.

Depois, os técnicos seguiram para a UPA da Sacramenta, onde foram recebidos pela diretora da Unidade, Samira Flexa; pela enfermeira Giorlanda Saraiva, responsável técnica das Unidades Sentinelas da Secretaria Municipal de Saúde de Belém, e demais técnicos envolvidos no trabalho de vigilância dos vírus respiratórios na unidade.

Segundo Samira Flexa, a UPA atende cerca de 250 pacientes por dia, sendo 10% com síndrome gripal, permitindo cumprir a meta de envio de 20 amostras por dia para análise de vírus respiratórios.

No primeiro momento da visita, técnicos falaram sobre o processo de escolha da UPA para ser Unidade Sentinela e repassaram todas as informações sobre o atendimento de pacientes com síndrome gripal, coleta de amostras e envio para análise ao Lacen.

Técnicos do MS e do CDC também fizeram perguntas e tiraram dúvidas sobre o serviço e, em seguida conheceram as instalações da UPA

Texto: Melina Marcelino e Roberta Vilanova - Ascom/Sespa