Pará apreende mais de 30 toneladas de entorpecentes nos últimos quatro anos
Governo do Estado investe em recursos humanos, tecnologia e estratégias para o enfrentamento permanente ao tráfico de drogas
O Sistema de Segurança Pública do Pará, desde janeiro de 2019, vem realizando grandes apreensões de drogas em seu vasto território. Mais de 30 toneladas de entorpecentes foram interceptados, a partir de ações integradas para combater o tráfico e demais ações criminosas.
O resultado positivo é fruto de investimentos contínuos do governo do Estado em tecnologia, capacitação dos agentes e fortalecimento dos órgãos de inteligência, que garantem investigações qualificadas, fiscalizações ostensivas, combate ao tráfico e redução dos índices de criminalidade.Drogas apreendidas durante ações integradas do Sistema de Segurança Pública
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), nos últimos quatro anos e meio o Pará apreendeu 32.301,539 toneladas de entorpecentes. Somente neste ano, de janeiro até o dia 4 de julho, foram apreendidos 4.650,983 toneladas, superando a marca do ano passado, que entre janeiro e dezembro registrou a apreensão de 3.256,954 toneladas.
Em 2019, foram apreendidas 3.418,301 toneladas. Nos anos de 2020 e 2021 foram mais de 10 toneladas, em cada ano, o que mostra uma constância na atuação da polícia no enfrentamento ao tráfico de drogas no Pará.
Secretário Ualame Machado destaca investimentosMarca histórica - O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, ressalta a marca histórica, que reflete a atuação das forças de segurança estaduais de maneira estratégica no combate ao crime organizado, coibindo o tráfico nas principais rotas e utilizando tecnologia e eficiente trabalho de inteligência e investigação.
“O Estado do Pará, nos últimos quatro anos e meio, tem atuado muito fortemente nas apreensões de drogas, seja do tipo maconha ou cocaína, independentemente da forma que ela é transportada pelo Estado, seja por avião, pelos nossos rios ou pelas vias terrestres. Estamos investindo, principalmente, na integração das forças e na inteligência, como também na aquisição de equipamentos que possam facilitar essa interceptação e auxiliar nas investigações e fiscalizações. Agimos também em regiões estratégicas, que possibilitam maior monitoramento, a exemplo das rotas fluviais, com a implantação da Base Fluvial Antônio Lemos, instalada no município de Breves (Arquipélago do Marajó), que vem realizando apreensões continuamente no nosso território”, informa o titular da Segup.
Estratégias e investimentos - O Pará é uma das regiões do Brasil que, pela localização geográfica, passou a ser uma das principais rotas do tráfico, especialmente no que se refere ao transporte da carga pelos rios, nas rotas que ligam Santarém (Oeste do Pará), Manaus (AM) e Macapá (AP), quanto por vias terrestres, em direção ao Nordeste do país.
O secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal, delegado André Costa, pontua as ações adotadas para coibir o crime, bem como o reforço do trabalho da inteligência para identificar as grandes rotas interestaduais do tráfico.
Policiamento fluvial monitora rotas fluviais do tráfico internacional no território paraense“Hoje atuamos por questões estratégicas, como a implantação da Base Flutuante Antônio Lemos, que nos possibilita maior fiscalização pelos rios nas principais entradas de embarcações que vêm de Santarém e Manaus. Por esse fluxo nós sabemos que pode ocorrer o transporte de drogas com destino principal a países da Europa, Ásia e África, tendo como entreposto o Porto de Vila do Conde, em Barcarena (nordeste paraense). Por meio de investigações intensificadas e análises compartilhadas com as demais agências de inteligência temos conhecimento desse fluxo, o que nos possibilita grandes apreensões, não somente nas embarcações em deslocamento, mas também na descoberta de algumas bases próximas à Vila do Conde, em especial em Vila dos Cabanos e nos municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri, locais onde traficantes utilizam sítios e casas com paredes e pisos falsos para esconder e estocar a droga até a data do embarque dos contêineres, que seguem nos navios pra fora do país”, explica o delegado André Costa.
Polícia Civil: atuação decisiva no combate ao tráficoInvestigação - O titular da Siac destaca também a atuação da Polícia Civil, que por meio do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) realiza investigações com o uso de técnicas e equipamentos avançados, para monitorar e fiscalizar os veículos que estejam transportando entorpecentes.
“A Denarc, por meio da Segup, adquiriu um equipamento de raio-X que possibilita fiscalizações em veículos em movimento, sem que ele precise ser apreendido. Nós podemos fazer uma barreira, de onde podemos verificar se existe alguma droga escondida na lataria ou outro compartimento do veículo. Esse equipamento potencializa as ações da polícia, auxiliando tanto nas investigações quanto no impedimento do transporte de drogas pelas vias do Estado”, ressalta André Costa.
Resultado na RMB - O tráfico de entorpecentes também é combatido na Região Metropolitana de Belém, por meio da atuação intensiva das equipes de policiamento, em rondas pelas vias realizadas pela Polícia Militar e investigações feitas pela Polícia Civil. Somente este ano já foram apreendidos 282,509 kg de drogas. Em quatro anos, na RMB foram apreendidas mais de 5 toneladas de entorpecentes.
O diretor do Denarc, delegado Fauso Bulcão, destaca a atuação do Departamento nas atividades investigativas voltadas à repressão ao narcotráfico no contexto do crime organizado. “Agimos com foco na identificação de rotas interestaduais de entorpecentes, na logística de distribuição de drogas em média e grande monta, bem como nas investigações de lavagem de dinheiro de capitais oriundos das atividades ilícitas, a fim de impedir as ações criminosas”, acrescenta.