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Coordenação estadual de suplementação de vitamina A chama a atenção do Ministério da Saúde

Por Carol Menezes (SECOM)
29/06/2023 18h59

Em matéria no site do Ministério da Saúde (MS) publicada no dia 26 de junho, sob o título "Suplementação de vitamina A no SUS deve beneficiar 5,7 milhões de crianças em 2023", é destacada a importância do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) para “reduzir e controlar a hipovitaminose A, a mortalidade e a morbidade em crianças de 6 a 59 meses, por meio da suplementação profilática medicamentosa, ou seja, de megadoses de vitamina A”.

O texto ressalta que o sucesso do PNSVA depende também da forma como as gestões estaduais e municipais implementam o programa. A atuação da Coordenação de Nutrição da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) é citada como exemplo dessa colaboração - embora o atendimento direto à população seja realizado pela Rede de Atenção Primária.

Maria de Nazaré Araújo Lima, nutricionista da Sespa e coordenadora estadual do PNSVA, explicando como o desempenho da pasta no programa chamou a atenção do Ministério da Saúde. "O MS faz a aquisição desse insumo com base em uma meta a ser atendida por município e nos pergunta se está tudo certo com nosso estoque. Esse insumo chega, é conferido e aí é feito o levantamento para distribuição dos quantitativos para as regionais. Organizamos de uma maneira que chamou a atenção do Ministério, por conta do monitoramento que fazemos dos estoques por cada município. Tenho contato inclusive com os nutricionistas que atuam na ponta como coordenadores municipais, é um trabalho feito com muito controle e muito rigor", resume.

Um estudo de revisão sistemática mostrou que a suplementação de vitamina A reduz em 12% o risco de mortalidade por todas as causas e mortalidade por diarreia (IMDAD, A. et al. 2017), além de prevenir sintomas oculares e infecções. A prevalência de deficiência de vitamina A no País é de 6%.

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani/2019) mostrou que ela é maior no Centro-Oeste (9,5%), seguida pelas regiões Sul (8,9%), Norte (8,3%), Nordeste (5,2%) e Sudeste (4,3%), especialmente entre as crianças do primeiro quinto do Indicador Econômico Nacional (9%), ou seja, entre crianças com as piores condições de distribuição econômica dos domicílios. Ao observar o recorte etário de seis a 23 meses, a prevalência de deficiência de vitamina A é de 6,4%, sendo maior na região Centro-Oeste (11,5%) e menor no Sudeste (5%).
De 2006 (um ano após a criação do programa) a 2019, a hipovitaminose A diminuiu 65% no Brasil.

A implementação do PNSVA deve ocorrer nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Sugere-se que a administração da megadose de vitamina A seja realizada durante as consultas de puericultura, a fim de otimizar a operacionalização e aproveitar o momento propício para potencializar o cuidado integral da saúde da criança. Para mais informações, acesse o Caderno dos Programas Nacionais de Suplementação de Micronutrientes.