Nova espécie de cisnes e flamingos são integrados à área aberta do Mangal
O Parque Zoobotânico, em Belém, tem 43 espécies de animais e é referência para a reprodução e a reabilitação de aves
Dois flamingos e dois cisnes de pescoço preto são os novos moradores do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém. Na manhã desta quinta-feira (22), as aves foram integradas ao ambiente comum do parque, após cerca de 40 dias de adaptação ao novo espaço. Em maio, os animais vieram do Zooparque Itatiba, em São Paulo, em uma ação de intercâmbio entre as instituições, que objetiva impulsionar o enriquecimento genético entre os espécimes. Em contrapartida, 12 guarás e duas Arapapás, criados no Mangal, foram doados para a instituição itatibense.
"A chegada de novos animais traz diferentes traços genéticos que podem estimular a reprodução das aves. É a primeira vez, por exemplo, que temos um casal de cisnes de pescoço preto no Parque, que não são espécies amazônicas e têm maior incidência do centro-oeste pro sul do país. A permuta permite também a reprodução dos guarás em outros estados, onde a reprodução pode apresentar menor contingente”, explica Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal das Garças, que passa a contar com 17 flamingos das espécies flamingo-americano e flamingo-chileno.
Os visitantes aproveitaram para apreciar a beleza dos animais. A policial civil Tacyane Ribeiro, de Maceió (AL), que está a trabalho na cidade, ressalta ter adorado o passeio. “Está sendo uma experiência muito positiva conhecer o Mangal, que é realmente lindo. Chegar no dia da introdução dos animais ao novo ambiente foi muito legal. Gostamos muito de ver as belezas naturais do espaço e pretendemos, em breve, retornar, com mais calma, para conhecer mais da Região. Está super valendo a pena”, celebra.
ADAPTAÇÃO – De acordo com o veterinário do Mangal, Camilo Gonzalez, os cuidados com as aves foram desde o transporte de São Paulo ao Pará. Elas passaram por manejos clínico e comportamental, avaliação, coleta de exames laboratoriais e ficaram em observação. Passaram por um processo de adaptação alimentar, ao clima, ao novo ambiente e às novas pessoas que estarão com elas daqui pra frente. Somente após esse período de quarentena, os animais puderam ser introduzidos, de forma segura, ao ar livre.
“Após a integração, passamos a fazer o acompanhamento mais à distância, com foco no comportamento. No primeiro mês, o monitoramento é mais intenso, procurando sinais de adaptação: se o animal está se alimentando bem, se higienizando, interagindo com seus novos companheiros de recinto, de acordo com o comportamento natural da espécie, que demonstrem bem-estar”, destaca o veterinário.
REFERÊNCIA - Atualmente, 43 espécies de animais convivem na fauna do Mangal das Garças. O espaço é reconhecido nacionalmente pelo trabalho realizado com animais, especialmente em reprodução e reabilitação de aves. O Parque é o primeiro do Brasil a realizar a reprodução assistida do guará, atividade que já repercutiu em diversas permutas com outras instituições brasileiras.
SERVIÇO - A visitação no Parque Zoobotânico Mangal das Garças ocorre de terça-feira a domingo, das 8h às 18h. Nas segundas-feiras, o parque fecha para manutenção. O Espaço fica na rua Carneiro da Rocha, s/n, no bairro Cidade Velha, em Belém.