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Gaspar Vianna orienta sobre pré-natal no diagnóstico de cardiopatias congênitas

Cardiopatia congênita é toda anormalidade do coração ou de seus vasos, apresentada pela criança desde o nascimento

Por Rafaela Palmieri (SESPA)
12/06/2023 14h46

As cardiopatias congênitas são problemas decorrentes de malformações na estrutura do coração durante a fase de desenvolvimento do embrião. Em geral, são alterações que interferem no correto fluxo de sangue dentro do coração, entre suas quatro cavidades ou nas válvulas cardíacas, além de problemas que comprometem o fluxo dos vasos sanguíneos que entram ou que saem do coração. 

Referência em cardiologia no Pará, a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), localizada em Belém, mantém um serviço especializado para este tipo de assistência, com suporte técnico para o diagnóstico e tratamento de casos nas fases intrauterina e pós-parto, além do acompanhamento pré-natal complementar para gestantes também portadoras de cardiopatias.

Para Joselia Pantoja Mansour, chefe do serviço de cardiologia pediátrica do HC, uma das formas de garantir o tratamento mais adequado entre crianças que são afetadas por essas enfermidades é a realização de um pré-natal adequado. “A suspeita de cardiopatia congênita pode surgir ainda durante a gestação, e o exame para confirmar o diagnóstico é o ecocardiograma fetal, que é realizado como um ultrassom, com o bebê ainda na barriga da mãe. Após o nascimento, o diagnóstico é feito com o ecocardiograma realizado diretamente no tórax do bebê ou da criança”, explicou a profissional.

Tratamento - Após o diagnóstico de cardiopatia congênita, é fundamental que o paciente passe a ser acompanhado por um cardiologista, que irá definir o tratamento mais adequado. “O tratamento das cardiopatias congênitas pode ser clínico ou cirúrgico. Algumas cardiopatias leves podem evoluir com resolução espontânea, por vezes necessitando utilizar medicações cardiológicas por um período de tempo. Os defeitos cardíacos maiores, em grande parte, necessitarão de outro tipo de abordagem, podendo ser tratados de forma cirúrgica ou através de cateterismo cardíaco, ambos disponíveis no Hospital de Clínicas”, afirmou a médica. 

Ainda de acordo com a especialista, “nos casos mais graves, após o nascimento, pode haver a necessidade de tratamento imediato, através de cateterismo ou cirurgia cardíaca, daí a importância do planejamento do parto em hospital com suporte cardiológico. Após a realização do procedimento, é importante seguir o acompanhamento ambulatorial com cardiologista pediátrico”, completou. 

Conscientização -  Em 2012, foi aprovado projeto de lei que declara o 12 de junho como o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. A campanha visa esclarecer as doenças congênitas do coração e abordar a importância do diagnóstico precoce, além da criação de programas de saúde específicos para pacientes cardiopatas.