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'MÃE INCLUSÃO'

'Entre Elas' garante mais de 30 serviços gratuitos a mulheres na UsiPaz Icuí-Guajará

Oficinas, orientação jurídica, consultas médicas e vacinação foram alguns dos serviços oferecidos pela Fundação ParáPaz

Por Nathalia Mota (PARAPAZ)
31/05/2023 20h22

Empreendedoras aproveitaram para mostrar a produção artesanalO Projeto “Entre Elas”, executado pelo Governo do Pará, por meio da Fundação ParáPaz, vem mudando a vida de muita mulheres no cenário de vulnerabilidade e violência doméstica, e firmando parcerias com órgãos estaduais e municipais, e instituições que facilitam o acesso a serviços básicos de forma gratuita e eficiente.

Nesta quarta-feira (31), o “Entre Elas” promoveu a ação “Mãe Inclusão”, destinada a mulheres e seus filhos, possibilitando gratuitamente mais de 30 serviços nos eixos do projeto - segurança pública, assistência social, empreendedorismo, educação, saúde, integração social, habitação, esporte e lazer. Todos os atendimentos foram realizados das 09 h às 14 h, na UsiPaz Icuí-Guajará, município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.

Segundo a delegada Claudilene Maia, coordenadora do “Entre Elas”, a realização de ações voltadas ao público feminino é extremamente importante e relevante, especialmente porque integra mulheres chefes de família, que muitas vezes enfrentam desafios adicionais em relação à educação e cuidado com seus filhos, além de lidarem com suas próprias necessidades e responsabilidades financeiras e emocionais. Integrantes da caravana do distrito de Outeiro

“Demonstra o compromisso do governo com as mulheres, vítimas de violência doméstica ou não, que precisam de uma atenção do Estado, e com seus filhos, que sofrem o efeito da vulnerabilidade”, enfatizou a delegada.

Facilidade - Moradora de Outeiro, distrito de Belém, Graciete Nascimento chegou ao local em uma caravana com mais 50 mulheres, todas com alguma pendência para resolver. “Já participo do Projeto há muito tempo, e sei da importância que ele tem pra sociedade. Hoje viemos de Outeiro e Cotijuba (ilha de Belém) para participar porque muitas estavam precisando atualizar documentos, tirar o RG e ter um dia de embelezamento”, disse a líder comunitária.

Com três filhos, Gabriela Corrêa, 32 anos, também saiu da rotina doméstica para aproveitar os serviços ofertados. “Com as crianças fica difícil sair de casa pra fazer o básico, como ir ao médico, cortar cabelo, fazer massagem, tirar documento, porque eles são pequenos e eu sei que demora. Mas aqui não tive problema. Foi rápido, e eles ainda brincaram no espaço pra criança”, contou Gabriela, enquanto aguardava uma consulta médica.

Mulheres tiveram acesso a serviços de estética, oficinas, orientação jurídica, consultas médicas, vacinação, orientação sobre empreendedorismo, emissão de todas as vias de RG, encaminhamento de gratuidade para 2ª via de certidões e atrações culturais. 

O evento garantiu espaço de inclusão para pessoas com Transtorno do Espectro Autista'Espaços Abertos' - A inclusão social de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) é um direito que o Estado garante por meio de políticas públicas. Os profissionais do Projeto “Espaços Abertos”, também da Fundação ParáPaz, têm dedicado atenção especial às crianças com autismo, durante as ações abertas ao público, como a de hoje.

Josiane Santos levou a filha Yasmin, 15 anos, ao espaço esportivo, e se surpreendeu com o comportamento da adolescente, que até ensaiou passos de dança com o incentivo do profissional que atua no “Espaços Abertos”. “Ela não tinha esse contato com as pessoas, principalmente com homens, e agora ver que ela está interagindo com o professor é muito bom. Essa interação é fundamental no desenvolvimento e uma melhora muito grande até na afetividade. Eu, como mãe, fico feliz em vê-la se divertindo”, acrescentou Josiane. 

O educador físico John Fabrício Duarte informou que algumas crianças já chegam com a identificação, e outras não. A partir desse reconhecimento, a abordagem é feita de forma diferenciada. “Adaptamos atividades adequadas para elas, como pinturas, jogos educativos e até mesmo circuitos, respeitando a limitação individual. Aproveitamos pra ressaltar a importância da atividade física, que melhora a saúde e traz outros benefícios”, frisou o educador.

Essas iniciativas têm o potencial de melhorar muito a qualidade de vida das famílias e, consequentemente, ajudar a criar uma sociedade mais justa, ressaltou a delegada Claudilene Maia. “Esse momento contribui para o restabelecimento da autoestima das participantes. As mães se sentem valorizadas e reconhecidas como membros importantes da sociedade, e a ação acaba tendo um impacto positivo, garantindo que elas tenham acesso a serviços de qualidade e oportunidades de crescimento profissional e pessoal”, finalizou a idealizadora e coordenadora da ação.