No Pará, Batalhão Rural da Polícia Militar reforça a segurança para quem mora e trabalha no campo
Unidade monitora áreas rurais e reduz a criminalidade nas comunidades do nordeste paraense
A placa instalada na minha propriedade informando que a área é protegida pela Polícia Militar por si só já intimida ações criminosas e gera a mensagem de que não estamos sozinhos". A fala é do produtor rural e morador de Santa Izabel do Pará, Erivan Santos, cadastrado no 2° Batalhão Rural do Pará. Erivan Santos é somente um exemplo de trabalhadores que se sentem seguros com a atuação do Batalhão.
Mais de 500 propriedades no Pará já estão cadastradas no serviço de monitoramento do 2° Batalhão Rural do Pará, com sede no município de Castanhal. O Batalhão atende 47 municípios da região, com o intuito de reduzir a criminalidade nas comunidades rurais no nordeste paraense. Uma equipe, formada por 106 policiais militares, especializada e treinada para atuar de forma técnica na Patrulha Rural Georreferenciada, atende as demandas da área.
O uso do georreferenciamento é um dos diferenciais da atuação dos militares, de acordo com o tenente-coronel Augusto Guimarães, comandante do 2º Batalhão de Polícia Rural de Castanhal. “A gente sabe que a área rural é extensa, precisamos do mapeamento das localidades, com as coordenadas geográficas das comunidades para que a gente possa planejar ações preventivas e com isso atender as demandas de forma mais célere e eficiente.
O proprietário cadastrado tem acesso direto à Polícia Militar por meio de um grupo de Whatsapp, acompanhado pela nossa Central de Atendimento e Monitoramento, que funciona 24h por dia”, explica.
"Os policiais estão com a gente, nos tratam como se fôssemos familiares, fazem rondas frequentemente na área, com respostas rápidas se acionamos o Batalhão Rural. A iniciativa trouxe realmente segurança pra gente que mora no campo e permite que a gente trabalhe e viva com mais tranquilidade com as nossas famílias na zona rural”, acrescentou Erivan Santos.
A produtora rural Jacilane Santos, esposa de Erivan, conta que a mudança para o campo, há pouco mais de um ano, foi motivada pela busca de mais qualidade de vida para a família, entretanto, a segurança ainda era uma preocupação.
“As propriedades mais distantes e isoladas me deixavam receosa, mas resolvemos encarar e foi a melhor escolha, porque ter o monitoramento e a proximidade com os policiais do Batalhão fazem toda a diferença na vida da nossa família. A gente sabe que realmente pode contar, que são profissionais que nos respeitam e zelam pela nossa segurança. Inclusive, já acionamos o Batalhão por conta de um veículo suspeito na área, os policiais chegaram em menos de 10 minutos e recuperaram o carro que havia sido roubado da zona urbana”, pontua.
O Batalhão Rural atua, especialmente, em casos de furtos e roubos praticados nas rodovias e estradas vicinais que ligam os municípios, e os praticados contra as propriedades rurais, incluindo roubo de maquinário agrícola, e ainda no combate ao roubo de animais. O subcomandante do Batalhão, capitão Júlio César Andrade explica que esse tipo de policiamento é uma tendência nacional.
“O patrulhamento na zona rural já era executado pela Polícia Militar por meio do radiopatrulhamento tradicional, mas com essa nova modalidade georreferenciada, a atuação se torna mais completa. Com um cadastro prévio das propriedades e dos proprietários, a estratégia de prevenção e de construção de um banco de dados é fortalecida, assim como a nossa atuação”, reforça.
