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Lacen reforça o combate à resistência bacteriana no Pará

Por Carol Menezes (SECOM)
05/05/2023 15h42

Iniciativa do Laboratório Central do Estado (Lacen-PA), o projeto “Fortalecimento da Rede Estadual de Vigilância Laboratorial de Resistência Antimicrobiana do Pará” tem como foco o combate à resistência bacteriana, um problema de saúde global.

De acordo com o diretor geral do Lacen, Alberto Júnior, a Resistência Antimicrobiana (RAM) exige vigilância laboratorial para identificar as bactérias multirresistentes e testar os antibióticos apropriados. Por esse motivo, essa frente de atuação envolve várias ações, como o monitoramento da resistência bacteriana em estabelecimentos de saúde, a criação de um Grupo de Trabalho (GT) relacionado ao tema (GT-RAM), capacitação de equipes de saúde na temática, entre outros.

"Surgiu pela necessidade de conhecer e contribuir com monitoramento dos perfis de microrganismos circulantes nos ambientes hospitalares e fortalecer o combate à resistência antimicrobiana. Com a implantação da Rede, por meio das estratégias estabelecidas e desenvolvidas pelo GT-RAM, espera-se contribuir potencialmente para as ações de Vigilância em saúde no estado do Pará", destaca o gestor público.

Na quarta, 3 de maio, foi realizado um webinar sobre a iniciativa para apresentar ao Grupo Gestor Nacional da RAM do Ministério da Saúde (MS) todas as ações desenvolvidas pelo Laboratório Central no fortalecimento da Rede Estadual de vigilância laboratorial de Resistência Antimicrobiana, bem como apresentar a infraestrutura, capacidade técnica e as análises realizadas pelo Lacen-PA e os perfis bacterianos encontrados no estado. 

"O propósito é apresentar ao MS o quanto avançamos e o que ainda precisamos avançar, visto que o Laboratório Central foi inserido no projeto nacional de RAM com perspectivas de ser um laboratório de referência nacional com implantação de análises de sequenciamento genômico para Resistência Antimicrobiana", detalha Alberto Júnior.

Funcionamento - Valnete Andrade, farmacêutica bioquímica, diretora técnica do Lacen-PA, explica que a RAM apresenta como seu principal pilar de enfrentamento a identificação bacteriana e perfil de sensibilidade por meio da Vigilância Laboratorial.

"Diferente de outras doenças e agravos, a RAM não é identificada clinicamente. A identificação incorreta ocasiona em falha no processo de tomada de decisão e, consequentemente, em todo o processo de vigilância e ação para o enfrentamento do problema", atenta.

Segundo a OMS, trata-se de uma das dez principais ameaças à saúde pública e reconhecida como uma importante emergência mundial, responsável por cerca de 700 mil mortes a cada ano, o que tem sido considerado como uma “pandemia silenciosa”. 

Em decorrência da pandemia COVID-19, que tornou o cenário mais preocupante, as ações de vigilância precisaram ser intensificadas em virtude do aumento na circulação e disseminação de microrganismos resistentes aos antibióticos, conhecidos como “superbactérias”.