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Adepará visita comunidades produtoras de farinha e entrega certificados artesanais

Comunidade Quilombola de Santa Maria do Muraiteua, no município de São Miguel do Guamá, produz diversos itens da agricultura familiar

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
04/05/2023 12h59

Casas de farinha em propriedades rurais recebem visitas da Adepará para fins de maior qualificação dos empreendimentosA Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), por meio da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, visitou, nos últimos dias, a Comunidade Quilombola de Santa Maria do Muraiteua, no município de São Miguel do Guamá, no nordeste estadual.

A ida dos técnicos da Agência à região atendeu solicitação da promotoria agrária do Ministério Público do Estado (MPPA), e levou conhecimentos e instruções técnicas para possibilitar o funcionamento da casa de farinha comunitária local. 

Durante a visita, houve reunião com as lideranças da comunidade e orientações sobre as boas práticas de higiene exigidas no beneficiamento dos derivados da mandioca. “Nós deixamos por escrito tudo o que será necessário fazer para a competente legalização e funcionamento da agroindústria da comunidade”, disse o fiscal agropecuário e gerente de inspeção de produtos de origem vegetal da Adepará, Hamilton Altamiro.

Na comunidade quilombola, 60 famílias estão envolvidas com a agricultura familiar e cultivam mandioca, hortaliças e frutas. Pelo menos 30 delas trabalham na cadeia produtiva da mandioca.

A adequação das agroindústrias da cadeia produtiva da mandioca faz parte das ações realizadas pela Adepará para o fomento da industrialização dessa atividade no território paraense. No ano passado, 50 novas empresas foram registradas no Sistema de Inspeção de Produtos Artesanais, que atesta a qualidade do produto. Atualmente, o Estado possui 177 estabelecimentos registrados em diversos municípios, com a maior parte concentrada na região Nordeste.

As agroindústrias certificadas recebem inspeções rotineiras e o acompanhamento de técnicos da Adepará, o que garante a qualidade e a segurança do produto. “Esse trabalho contínuo assegura a manutenção da qualidade da produção de estabelecimentos certificados. Na área vegetal, a única Agência de Defesa Agropecuária do Brasil que possui selo de inspeção é a Adepará, imprimindo um padrão de qualidade ao produto paraense”, informa Jamir Macedo, diretor geral da ADEPARA.

Neste ano, a Agência fez a entrega de dois certificados para produtores de produtos derivados da mandioca em municípios da zona bragantina. Em Nova Timboteua, a Adepara entregou uma renovação do certificado artesanal para a empresa individual Marcelo Brito da Silva, produtora e envasadora da “Goma São Francisco”. Com produção mensal em torno de 6 toneladas de goma de tapioca , a agroindústria artesanal atua na agricultura familiar e gera 04 empregos diretos e 09 indiretos. 

De acordo com o fiscal estadual agropecuário Hamilton Altamiro, a concessão do registro artesanal para os estabelecimentos da região contribui para ampliar a comercialização do produto no Estado. “A certificação de agroindústrias garante um produto de melhor qualidade e também é uma forma de fortalecer a atuação do pequeno produtor possibilitando que ele comercialize o produto dele em todo o estado”.

Além da renovação de certificado, os técnicos da Agência também fizeram a entrega de certificado artesanal, de envasilhador e comercializador de farinha de mandioca à empresa Smith Rodrigues Comercio de Alimentos LTDA, que adota o nome fantasia “Chicó”.

Localizada na antiga Estrada de Ferro de Bragança, a empresa ligada à agricultura familiar  trabalha com o envase de farinha lavada e gera 04 empregos diretos e 21 indiretos. “É um produto de excelente qualidade e que possui grandes chances de competir no mercado”, disse o fiscal.

Comunidade Santa Maria de Muraiteua - Com uma área de 407,25 hectares, onde vivem 60 famílias que retiram o sustento da produção de mandioca e do manejo de açaí, o território quilombola da Comunidade Santa maria de Muraiteua, foi o primeiro do Pará a receber o CAR (Cadastro Ambiental Rural) como resultado da ação integrada da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), no âmbito do Programa Regulariza Pará. A inscrição do território quilombola da comunidade foi realizada em 2021.