Ideflor-Bio completa 16 anos de proteção à biodiversidade e estímulo ao crescimento sustentável do Pará
Órgão é responsável pela gestão de 27 Unidades de Conservação em todo o Pará e desenvolve ações que buscam garantir a preservação, manejo e restauração florestal
Com a missão de preservar a biodiversidade amazônica, a conservação de florestas públicas, o manejo sustentável dos recursos naturais e promover a recuperação de áreas alteradas, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) completa, neste domingo (16/04), 16 anos de fundação sendo protagonista dessas ações.
O Instituto tem um histórico de estudos, consultas públicas e elaboração das minutas que norteiam a criação das Unidades de Conservação (UCs), no Pará, que são áreas guardiãs das amostras representativas dos ecossistemas terrestres, aquáticos e mistos, além da diversidade biológica contida na porção paraense do bioma amazônico.
Atualmente, o Ideflor-Bio é responsável pela gestão de 27 UCs Estaduais que somam 21.036.398,55 hectares, o que representa 16,88% do território paraense, uma área maior que alguns estados brasileiros e até países. Desse total, 11 possuem categoria de Proteção Integral com 5.533.759,54 hectares ou 4,44% do território paraense, equivalente ao Estado do Rio de Janeiro.
O destaque fica para a Estação Ecológica do Grão-Pará, com 4.245.819,11 hectares, considerada uma das maiores UCs de Proteção Integral do mundo, tendo como limite a Reserva Biológica Maicuru (1.151.760,95 hectares), além de Terras Indígenas na Calha Norte do Pará.
Para que o trabalho executado pelo órgão tenha plena eficiência, o Ideflor-Bio é dividido em seis diretorias: Gestão das Florestas Públicas de Produção (DGFLOP), Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), Gestão da Biodiversidade (DGBio), Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação Estaduais (DGMUC), Fundo de Desenvolvimento Florestal (Fundeflor) e Administrativo e Financeira (DAF). Cada uma, na sua atribuição, colabora para que o Instituto seja eficaz naquilo que é da sua competência.
Metas - Para os próximos quatro anos de gestão, o Instituto definiu cinco projetos estratégicos e prioritários, sendo eles:
Concessão de Bens e Serviços da Floresta: 1) Conceder 02 milhões de ha de áreas de florestas para extração de madeira; 2) Prospectar novas áreas para concessão florestal; 3) Apoio à organização e fortalecimento das cadeias de produção de bens florestais não madeireiros.
Restauração Florestal: 1) Concessão de 200 mil ha para reflorestamento; 2) Promoção de regeneração natural em 160 mil ha de florestas públicas concedidas; 3) Recuperação com SAFs de 04 mil ha de áreas degradadas, capoeiras, margens e nascentes.
Criação de Unidades de Conservação (UCs): 1) Criação de 07 UCs; 2) Apoio para criação de 72 Unidades Municipais de Conservação; 3) Aprovação do Sistema Estadual de UCs; 4) Capacitação continuada de gestores das UCs.
Modernização da Gestão e Monitoramento das UCs: 1) Fortalecimento da infraestrutura; 2) Regularização fundiária das UCs; 3) Modernização dos modelos de gestão e governança das UCs; 4) Revitalização e promoção dos Parques Ambientais (Utinga, Monte Alegre e Serra dos Martírios-Andorinhas).
Estruturação das UCs para inserção no Mercado de Carbono: 1) Fortalecimento institucional; 2) Diagnóstico de potencialidade e definição de modelos de outorga; 3) Concessão de 07 milhões de ha para crédito de carbono.
O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou que o planejamento está alinhado aos compromissos assumidos pelo Governo do Pará, para os próximos quatro anos, que priorizam o desenvolvimento sustentável em todo o território paraense.
“Nosso desafio vai além de conter o desmatamento, que historicamente afeta o Pará e empobrece os paraenses. Nós trabalhamos para preservar a floresta, aproveitar seus recursos em benefício da população e restaurar o que já foi degradado. Virar o jogo, no interesse de todos, é o desafio de uma geração, assumida com absoluta prioridade pelo Governo do Pará. Essa é a missão a qual Ideflor-Bio se dedica, ao completar 16 anos de existência”, enfatizou o presidente.