Ideflor-Bio conhece projetos de recuperação de áreas degradadas com créditos de carbono
O Instituto já desenvolve ações semelhantes de recomposição de áreas degradadas com espécies nativas da Amazônia
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) recebeu, na última terça-feira (11), representantes do Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal (ICRAF Brasil). Eles apresentaram aos técnicos e dirigentes do Instituto programas que buscam usar recursos dos créditos de carbono para impulsionar a implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e a restauração ecológica.
Chamado de “Acelerador de Agroflorestas e Restauração”, o projeto atua na raiz das questões sociais da área rural do Pará, oferecendo novas oportunidades econômicas aos agricultores familiares. Com o compromisso de engajar até 3 mil famílias, a iniciativa ajuda quem possui áreas degradadas e improdutivas a migrar para arranjos de SAFs, com base no cultivo do cacau e outras espécies nativas da Amazônia, como o açaí.
O projeto já trabalha com agricultores familiares da região sudeste e nordeste paraense, além de municípios ao longo da rodovia BR-230 (Transamazônica). Vale destacar que o Ideflor-Bio já desenvolve ações semelhantes de recomposição de áreas degradadas com espécies florestais e frutíferas nativas da Amazônia, em diversas comunidades em todo o território paraense, por meio da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF).
Para o assessor técnico do Ideflor-Bio, Júlio Meyer, “a integração de ações entre a administração pública e a sociedade civil é fundamental para o alcance dos resultados esperados em torno da restauração de ecossistemas no Pará. A proteção do meio ambiente é dever de todos, e o Ideflor-bio vem desenvolvendo estratégias de cooperação para integrar os diversos atores nessa trajetória do estado para uma economia de baixo carbono”, destacou.
Já o titular da DDF, Vicente Neto, disse que o encontro foi importante e deve se desdobrar para uma nova reunião, já com a presença do presidente do Instituto, Nilson Pinto. “A partir daí teremos todo entendimento sobre o assunto, buscando um acordo de cooperação técnica para que cada instituição, dentro da sua competência, possa construir um processo de parceria que venha exatamente atender e beneficiar essas famílias, através desses projetos de recuperação e restauração florestal no Estado”.
Durante o encontro, ficou acordado que a Organização Não-Governamental (ONG) fará uma nova apresentação dos seus projetos ao presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, para que seja viabilizada uma possível parceria institucional, por meio de um Termo de Cooperação Técnica, com a entidade do terceiro setor.