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Secretaria das Mulheres participa do Fórum Nacional de Organismos de Políticas

Titular da Semu, Paula Gomes segue em Brasília (DF), onde participa de evento que reúne secretarias estaduais e municipais das Mulheres de todo País

Por Ascom (Ascom)
13/04/2023 12h33

Em Brasília (DF), a ministra da Mulher, Cida Gonçalves (de vermelho) com gestoras públicas estaduais, entre outras formaçõesHá pouco mais de um mês à frente da Secretaria de Estado das Mulheres (Semu), a advogada e ex-deputada estadual, Paula Gomes, chegou a Brasília na última terça-feira (11) para participar de reunião com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e do 1º Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres, que segue até esta quinta-feira (13). Ao lado de outras 22 secretarias de Estado, a gestora falou sobre a expectativa de representar a secretaria recém-criada pelo governador Helder Barbalho (MDB) e a importância das políticas voltadas à mulher.

“Chegamos a Brasília com muita disposição para fazer um elo com todos os Estados, reconstruir o Brasil e fazer políticas que possam dar mais autonomia e empoderar mulheres, além de combater a violência”, disse a secretária durante o discurso de apresentação.

Secretária de Estado das Mulheres (Semu), Paula Gomes durante Fórum Nacional em Brasília (DF), que segue até hoje (13)Paula Gomes destacou, ainda, a violência de gênero na política e reforçou a urgência do enfrentamento para que as mulheres ocupem cada vez mais espaços de poder. “Eu estive deputada estadual e é importantíssimo que a gente possa combater a violência política, não podem nos calar quando ocupamos esses espaços e, por isso, contem comigo para juntas enfrentarmos essas dificuldades”, afirmou a secretária.

Secretária Paula Gomes e a ministra Cida GonçalvesDurante a reunião, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reforçou a necessidade de estar presente em todos os Estados brasileiros para implementar e orientar a execução de políticas públicas na área, e reforçou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a pauta.

“O presidente Lula me chamou e disse: Cida, você sabe o tamanho da responsabilidade que estou colocando nas suas mãos? Porque foram as mulheres que nos elegeram, então esse ministério é prioridade no nosso governo”, contou a ministra. Além disso, destacou que a responsabilidade de pensar e executar políticas públicas de gênero é de todas as pessoas que atuam na gestão pública, em todas as esferas. 

Ela afirmou que o Ministério tem atuado a partir das urgências e a principal delas é o combate ao feminicídio. “Todos os dias quando vou trabalhar tem sete corpos diante da minha porta e eu preciso tirar esses corpos para trabalhar melhor, por isso definimos as prioridades”. A partir da metáfora, Cida Gonçalves lembrou que entre as pautas prioritárias do ministério estão as melhorias em serviços como o Disque 180 e a Patrulha Maria da Penha nos estados. 

Parcerias entre todos os ministérios 

Em comemoração ao dia 8 de março deste ano, todos os ministérios do Governo Lula apresentaram propostas de programas para as mulheres. “Nós vamos trabalhar incansavelmente e já conseguimos passar o orçamento do nosso ministério de 23 para 123 milhões, mas com as ações dos outros ministérios conseguimos reunir 950 milhões para executar políticas públicas nos Estados e por isso precisamos de vocês”, disse às secretárias de estado das mulheres. 

Entre as ações propostas a partir do mês da mulher, estão novas viaturas para a Patrulha Maria da Penha a partir de parceria com o Ministério da Justiça. “Fizemos um pacote em que 20 ministérios destinaram recursos. O ministro da Justiça, Flávio Dino, por exemplo, anunciou 270 novas viaturas para a Patrulha Maria da Penha destinadas às polícias civis. Depois sinalizou outras 200 para as guardas municipais, ou seja, teremos até o final deste ano 470 novas viaturas para os Estados”, comemorou Cida Gonçalves. 

Foi criado também o programa “Mulher Viver sem Violência”, que inclui a criação de novas Casas da Mulher Brasileira. Há ainda propostas para geração de empregos e enfrentamento do feminicídio. A ministra reforçou que a transversalidade é fundamental para a implementação de políticas públicas para as mulheres no Brasil. 

“Hoje temos 23 estados aqui reunidos aqui para inaugurar um processo democrático e participativo, porque sabemos que sem a participação efetiva das mulheres não existe nem participação e nem democracia”, enfatizou. A ministra destacou que a instalação do Fórum Nacional é fundamental para cumprir e ampliar metas. “Nós trabalhamos para 52% da população, que somos nós mulheres, independente de recortes partidários ou ideológicos. Por isso precisamos construir juntas e ocupar todos os espaços possíveis.” 

Marcha contra a misoginia 

A ministra Cida Gonçalves destacou a importância do combate à misoginia, que é o ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres e meninas. “Até agosto quero ter passado por todos os Estados desse país em uma marcha contra a misoginia para dialogar junto às assembleias legislativas, câmaras municipais. Quero debater com prefeitos, vereadores, lideranças sobre a importância de enfrentar a misoginia, que é a origem de toda essa violência contra mulheres”, disse. 

“De um lado eles criam ódio contra mulher, de outro violentam, agridem, matam e ainda querem nos calar. Em resumo, a misoginia faz tudo isso no Brasil e é essa rede que vamos ter que enfrentar. Precisamos dizer que não vão nos silenciar. Não vão nos matar e não vão nos estuprar nunca mais”, disse a ministra sob fortes aplausos das secretarias presentes.  

Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres 

Além da reunião do dia 11, o Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres teve programação também desde a última quarta-feira (12) e segue até está quinta-feira (13). O evento promovido pela Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política do Ministério das Mulheres tem o objetivo de rearticular e reorganizar a relação do Governo Federal com estados e municípios. Ao todo, mais de 250 gestoras municipais e estaduais de políticas para as mulheres participam dos debates, além de ministros do governo. 

“Nos primeiros 100 dias de governo, o Ministério das Mulheres trabalhou incansavelmente para retomar programas e lançar novas ações que possam garantir os direitos das mulheres. O Fórum será um momento oportuno para dialogar com os municípios e estados sobre essas ações, além de mapear novas demandas”, destacou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.