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CIIR celebra o Dia da Atividade Física com prática de esportes adaptados para as PcD’s 

Ação nesta quinta-feira (6) no Centro Especializado em Reabilitação envolveu judô, canoagem, vôlei, boxe, bocha, halterofilismo e basquete

Por Pallmer Barros (CIIR)
06/04/2023 14h42

Mesmo com restrições em decorrência de alguma deficiência é possível fazer atividade física, como o judô, com adaptaçõesO Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, promoveu a prática de esportes adaptados para celebrar o Dia Mundial da Atividade Física, lembrado nesta quinta-feira (6). As atividades foram propostas pela equipe da Mecanoterapia, no Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), setor pertencente ao CIIR que conduz as práticas de judô, canoagem, vôlei, boxe, bocha, halterofilismo e basquete.

“Reunimos em um só dia, todas as terapias que envolvem os esportes adaptados para celebrarmos a atividade física, que é muito importante para a manutenção do nosso corpo. Toda semana, os nossos usuários têm como suporte terapêutico, atividades esportivas”, descreve Reinaldo Costa, educador físico do CIIR. 

Esportes como o basquetebol também podem ser praticados por pessoas com alguma deficiência e reforçam o tônus muscularPara o terapeuta João Rodrigues, que conduz uma das terapias esportivas no CIIR, destaca os benefícios da educação física às PcD´s. “Estimula o tônus muscular, o equilíbrio corporal, o controle de tronco, a coordenação motora e noção espacial, tudo para que o usuário possa ter inclusão social na sua rotina fora do CIIR”, pontua ao complementar que, de acordo com o perfil do reabilitando, a equipe de educadores físicos monta o plano terapêutico incluindo o esporte adaptado como um dos suportes no acompanhamento clínico. 

Diagnosticado com paralisia cerebral, o usuário Felipe Soares, de 28 anos, realiza, semanalmente, a prática de esportes adaptados, como a canoagem e o vôlei. Segundo a mãe dele, Margareth Soares, de 53 anos, as terapias esportivas trazem diversos benefícios para a evolução clínica do rapaz como a melhora da coordenação e do equilíbrio corporal.  

“Atualmente, o Felipe já segura os objetos. Na piscina, por exemplo, nas atividades, ele não precisa mais do auxílio do terapeuta para ficar imerso na água. Em quatro anos de reabilitação, o meu filho consegue realizar movimentos do vôlei, como bater na bola simulando um saque. Então, é uma evolução significativa porque antes ele era totalmente dependente. Claro, dentro de seus limites, o Felipe realiza algumas tarefas de forma independente”, afirmou a mãe Margareth Soares.  

A canoagem é uma atividade que ajuda a fortalecer a musculatura e portanto é recomendada a pessoas com deficiênciaTerapias Esportivas - Denominada de Meninos do Rio, o projeto de canoagem adaptada melhora a qualidade de vida e bem-estar emocional aos praticantes. A terapia inclui todas às PcD’s e visa a preparação física desses usuários com foco no trabalho cardiorrespiratório, fortalecimento muscular dos membros superiores e inferiores, além do controle de tronco. Ainda, fortalece a socialização do grupo durante a terapia. 

A atividade é realizada duas vezes ao mês na Baía do Guajará e, duas vezes por semana, na área aquática do CIIR, local que garante treinamento dentro da piscina para que os reabilitandos estejam aptos à prática na baía.  

“Somos o primeiro Centro de Reabilitação com esta atividade às PcD’s. A canoagem proporciona aos usuários de baixa visão e cegos, por exemplo, trabalhar várias áreas. Somente o fato de realizar a terapia em um ambiente com natureza, eles atingem mais de 40% do resultado clínico”, pontua João Rodrigues ao destacar que a prática deste esporte possibilita ao reabilitando visual sentir o movimento da canoa para ajudar os companheiros a remar. 

Esportes aquáticos, em piscinas, também podem ser adaptados à rotinas de pessoas com restrições de alguns movimentos“É preciso ter concentração para perceber o movimento que a canoa está fazendo. Incrível que eles percebem, conseguem remar de acordo com os demais, mesmo sem visualizar o que está acontecendo”.  

O profissional salienta que durante a condução da canoagem é narrado aos reabilitandos o que há ao redor do grupo. “Explicamos todo o visual que a atividade está proporcionando a quem enxerga. Eu descrevo que estamos em frente à orla do CIIR; do lado direito está a Estação das Docas; para trás, estão as ilhas de Icoaraci e Mosqueiro; no lado esquerdo está o aeroporto internacional da cidade. Com isso, repasso o encantamento do cenário da natureza e eles conseguem visualizar do jeito deles”, finaliza.   

Com a ajuda de uma prancha, o cadeirante se exercita na piscina, atividade adaptada para quem tem alguma deficiênciaOutra terapia que potencializa a reabilitação das PcD’s é o Judô adaptado. Reinaldo Costa destaca a importância deste esporte inclusivo como reabilitação global que abrange as quadro deficiências: visual, física, auditiva e intelectual. “Então, conseguimos fazer com que o usuário, incluindo os reabilitandos vindos do Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), desenvolva com agilidade a recuperação de seu quadro clínico em um formato mais preciso. Na prática, o judô simplifica isso”, pontua. 

O profissional revela que a prática potencializa o trabalho de força, equilíbrio e o tempo de reação, além de ser um complemento também na socialização entre os participantes. “Cada reabilitando tem um plano de acompanhamento e um local específico de realização das terapias, logo, eles se encontram aqui no tatame. Assim como na canoagem é uma socialização do grupo, porque eles conversam, brincam e interagem”.

O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço

O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1000, em Belém. Mais informações: (91) 4042.2157 / 58 / 59.