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CIDADANIA E ESPORTE

Indígenas da etnia Warao recebem serviços da ‘Usina das Manas’ no Bengui

A iniciativa da Seac, com sua rede de parceiros, é alusiva à comemoração pelo Dia Internacional da Mulher

Por Paulo Garcia (SEINFRA)
28/03/2023 13h32

Jovens praticaram esporte ao ar livre no campo de futebol da Usina da PazA manhã desta terça-feira (28) foi de muita atividade na Usina da Paz Padre Bruno Sechi, no bairro do Bengui, em Belém. Cerca de 100 mulheres indígenas venezuelanas, da etnia Warao, receberam atendimentos da programação "Usina das Manas", idealizada pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em alusão ao mês dedicado à mulher.

Estudantes do curso de Fisioterapia realizaram sessões de relaxamento muscular"A programação Usina das Manas faz referência a grupos focais de mulheres nesse mês especial (quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher). Já tivemos atendimento a mulheres trans, mulheres negras e quilombolas, catadoras de resíduos, produtoras de cultura e, agora, para as mulheres indígenas venezuelanas Warao, um público que já foi atendido aqui na Usina da Paz, que já conhece os nossos serviços e confia no nosso trabalho. Hoje, nessa programação especial, junto com nossos parceiros, estamos levando diversos serviços para essa comunidade, principalmente para as mulheres, mães e crianças. A Usina da Paz já se tornou um ponto de atendimento para a garantia de direitos e cidadania para os Warao”, informou Juliana Chaves, coordenadora-geral da UsiPaz Padre Bruno Sechi.

Atividades socioeducativas e recreativas divertiram as criançasEntre as atividades estão emissão de documentos, roda de conversas, orientação de direito e cidadania, oficinas de empreendedorismo e atividades esportivas e de recreação para crianças. A ação contou com a parceria da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Polícia Civil, Fundação ParáPaz, Universidade da Amazônia (Unama) - unidade Parque Shopping,  Instituto Internacional de Educação do Brasil (Ieb), Conselho Warao Ojiduna e Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

“Em todo o mundo, metade das pessoas forçadas a se deslocar é formada por mulheres e meninas que, sem a proteção de seus governos ou famílias, se encontram frequentemente em situações de vulnerabilidade. As grávidas, chefes de família, deficientes, meninas, idosas ou desacompanhadas ficam ainda mais expostas. Por isso, esta ação é fundamental, pois está oferecendo a mulheres e meninas indígenas a oportunidade de acessar, de forma gratuita, esses diversos serviços. Como o Dia Internacional da Mulher é um dia de luta, mas também de celebração, as indígenas estão tendo acesso a práticas esportivas e de lazer, o que é fundamental para fortalecer os laços de pertencimento com a comunidade de acolhida e a integração comunitária entre elas”, ressaltou Janaina Galvão, chefe do escritório da Acnur.

Professora Camila Correa Teixeira (c) orientou sobre direito e cidadaniaTroca de experiência - Estudantes e professores da Unama/Parque Shopping realizaram diversos serviços, com base no que aprendem em sala de aula. “Estamos ofertando serviços do curso de Fisioterapia, como alongamento, relaxamento muscular e orientações posturais, trazendo um pouco de saúde a esse público. Na área da Educação Física estamos atendendo às crianças, trazendo brincadeiras lúdicas, enquanto as mães estão realizando outras atividades”, informou o professor Alan Almeida.

“O curso de Direito e Núcleo de Práticas Jurídicas está trazendo duas abordagens. A primeira é com a comunidade em geral. Estamos no prédio de Assistência, na sala de Orientação Jurídica, onde nós já prestamos serviços todas as terças de manhã. Hoje foi intensificado com mais alunos e mais advogados dando orientação jurídica. Aqui fora, com as mulheres indígenas Warao, já focamos nas questões de cidadania e empreendedorismo feminino. O curso de Direito também preparação para falar sobre essas questões, relacionadas a como essas mulheres podem melhor se inserir na nossa comunidade, da qual elas já fazem parte”, ressaltou a professora Camila Correa Teixeira.

Houve exposição de artesanato da cultura WaraoEnquanto as mães realizavam os serviços na quadra da UsiPaz, no dojô as equipes da Fundação ParáPaz realizaram diversas atividades do Projeto Espaços Abertos para as crianças venezuelanas. “O objetivo é trabalhar atividades socioeducativas, recreativas, com mais educação. É uma honra e satisfação o ParáPaz estar presente nessa ação, proporcionando a essas crianças indígenas um acolhimento através dessas atividades, para que as mães delas possam realizar os serviços tranquilas”, pontuou Carlos Valente, coordenador do projeto.

Juliana Barroso, coordenadora-geral da Seac, falou sobre as atividades realizadas pelas Usinas da Paz

Em todas as UsiPaz - Realizada pela Seac, a “Usina das Manas” foi iniciada no último dia 12 de março, na UsiPaz Cabanagem, em Belém, e já passou por seis das nove Usinas da Paz em funcionamento no Pará.

Idealizada com o objetivo de discutir nichos dentro do movimento feminino, a Usina das Manas já trabalhou temas LGBTQIA+, mulheres negras, mulheres empreendedoras, catadoras de resíduo sólido, povos indígenas e fazedoras de cultura. Nas cidades de Parauapebas e Canaã dos Carajás, na região Sudeste, os temas relacionados também respeitam a pluralidade feminina.

Próximas programações da Usina das Manas:

- Dia 28.03 - UsiPaz Canaã dos Carajás e Bengui

- Até 31.03 - UsiPaz Parauapebas

- Dia 15.04 - UsiPaz Guamá (a ser realizada na Ilha do Combu)

Toda a programação é gratuita, sem necessidade prévia de inscrição.