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CUSTO E NECESSIDADE

Projeto ‘Diálogos Ambientais’ debate consumo consciente com servidores da Semas

A iniciativa deve ocorrer a cada mês, a fim de contemplar todas as equipes da Secretaria com informações que incentivem a reflexão na hora de comprar

Por Aline Saavedra (SECOM)
28/03/2023 08h51

A necessidade de dialogar com os servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) sobre temas da área de atuação motivou o Projeto "Diálogos Ambientais", que deve ocorrer mensalmente, para atender todos os setores do órgão. Na primeira edição, o tema foi Consumo Consciente, em alusão ao Dia do Consumidor - 15 de Março. O evento ocorreu na segunda-feira (27), no Centro de Integração de Monitoramento Ambiental (Cimam).

“Diálogos ambientais” envolve as seguintes questões: por que comprar? O que comprar? Como descartar e reutilizar resíduos, entre outros assuntos, a fim de estimular a atenção ao consumismo, para que o consumidor avalie o impulso da compra e a necessidade do produto a ser adquirido.O incentivo ao consumo consciente foi abordado por uma professora da UFPA

Equilíbrio - A professora Ana Amélia Maciel, do Instituto das Ciências das Artes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), explicou que o tema é pertinente, porque a Constituição Federal, no artigo 225, diz que todos devem ter um ambiente ecologicamente equilibrado.

Segundo a professora, o consumo pode ou não ser a mola propulsora de um ambiente saudável. Dessa forma, é preciso que o consumo consciente seja trabalhado nas empresas e nas escolas, em um processo de sensibilização sobre consumo consciente.

“O consumo consciente precisa de diálogo. Eu, representando a Universidade Federal do Pará, vim com esse propósito de estabelecermos diálogos. Primeiro, o que seria consumo. Segundo, o que seria um consumo consciente: por quê? Para quê? Para que, ao final de nossa atividade, tenhamos algum direcionamento. Vamos ter questionamentos, que vão partir de mim e dos outros participantes. O que pensamos sobre consumo consciente e o que poderemos fazer. Quais são nossas indicações, os encaminhamentos que vão sair, para que possamos ser multiplicadores dessa sensibilização para conscientização de um consumo consciente, porque a Base Nacional Curricular Comum já trata da questão do consumo. O consumo consciente está na perspectiva de que nós temos direito ao ambiente ecologicamente equilibrado”, avaliou a professora.

Ainda foram abordados como os ambientes de compras são arquitetados para que o comprador permaneça por mais tempo e quando haverá mais oportunidades para encher o carrinho de compras. Em alguns casos, os produtos podem ser descartados, um a um, até que fiquem apenas os itens realmente necessários. O consumo consciente também envolve vestuário e maquiagem. É preciso avaliar custos e a real necessidade do produto.

Contramão do consumo - De acordo com a gerente de Articulação e Difusão da Educação Ambiental, da Semas, Waldilene Garcia, responsável pelo Projeto Diálogos Ambientais, o mercado motiva à compra, e a educação ambiental precisa vir na contramão desse consumo, que na maioria das vezes é inconsciente.

“A gente vem fazer esse diálogo para debater de que maneira a gente pode consumir conscientemente, verificando nossa necessidade e de que maneira a gente pode dizer não para o consumo inconsciente. Todos os meses, a gente vai realizar diálogos com temáticas ambientais diferenciadas. Vamos expandir os diálogos para a Secretaria toda, fazer no mês que vem o segundo diálogo. O principal foco é difundir a educação ambiental. Hoje é o nosso diálogo-teste, mas a gente está percebendo o interesse por parte da Secretaria de um modo geral, e a Gerência tem que se organizar para atender a essa demanda”, disse a gerente.

Servidor da Diretoria de Ordenamento, Educação e Descentralização da Gestão Ambiental, Gilton Moura contou que sempre procurou orientar os filhos nas compras. “Dizia a eles: vamos comprar o que combinarmos antes de ir às compras. No local das compras, sempre querem outras coisas que não tinham sido combinadas; aí eu dizia não. Vamos comprar só o combinado. Espero ter ajudado a eles, que já são jovens adultos, a terem equilíbrio na hora do consumo”, relatou.