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SEGURANÇA PÚBLICA

Segup e TJPA capacitam profissionais da educação para o enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes

Projeto "Minha Escola, Meu Refúgio" objetiva promover palestras à comunidade escolar, no intuito de possibilitar a identificação de sinais de abusos contra crianças e adolescentes

Por Roberta Meireles (SEGUP)
24/03/2023 17h15

Na manhã desta sexta-feira (24), mais de 100 profissionais da área da educação do município de Ananindeua, foram capacitados, por meio do projeto "Minha Escola, Meu Refúgio", desenvolvido pela 1ª. Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), com o objetivo de orientar e combater os crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. O encontro ocorreu na sede da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua. 

O projeto Minha Escola, Meu Refúgio objetiva promover palestras à comunidade escolar, no intuito de possibilitar a identificação de sinais de abusos contra crianças e adolescentes, o qual a partir de experiências verificadas nos casos que tramitam  na Vara, em que foi constatado que a maioria dos crimes sexuais contra o público infantojuvenil são praticados por familiares. Diante disso, o projeto se baseia na percepção que, no ambiente escolar, os alunos estabelecem vínculos de confiança e afeto com professores, capazes de identificar sinais a partir da mudança de comportamento, com indicativos de que alunos podem ter sido vítimas de algum tipo de violência. 

 “Hoje, nós da equipe da 1ª Vara de Crimes Contra a Criança e Adolescentes de Belém, em parceria com a Segup e a Semede de Ananindeua, realizamos uma capacitação e formação de educadores e educadoras de 88 escolas. Aproveitamos a roda de conversa envolvendo formas de prevenção e combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, projetos com compartilhamento de materiais em que todos aqui presentes puderam interagir e compartilhar experiências. Todo esse trabalho é essencial para ser colocado nos centros de debate, pois envolve a prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes, o que traz consequências tão nerfáticas na vida das vítimas, portanto os educadores são realmente pessoas essenciais nessa identificação dos sinais e na notificação de suspeitas, inclusive a confirmação de maus-tratos sexuais e físicos ou qualquer outro tipo de maus-tratos a crianças e adolescentes”, explicou a Juiza Mônica Maciel.

Segundo a representante da Diretoria de Politicas de Segurança Pública e Prevenção Social da Segup, Luciara Morais, a parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Pará a Secretaria de Educação do município de Ananindeua, é importantissima para expandir o conhecimento de profisisonais que atuam na rede direta com crianças e adolescentes. 

“Promover ações diretamente para corpo técnico que atua na área de educação e poder multiplicar as informações é um dos pontos principais para essas ações. Após a exposição realizada e o debate levantado os temas, indicando sinais que as vitimas podem demonstrar e caracterizar alguma violência, percebemos a satisfação dos participantes, inclusive, o desejo de receberem mais palestras como essas em escolas de ensino médio, fundamental e até mesmo em creches do municipio”, afirmou Luciara. 

Profissionais da Educação como agentes multiplicadores

Durante a palestra, foram distribuídas cartilhas e outros materiais educativos com linguagem clara e acessível para os profissionais presentes no encontro. Além do debate sobre as principais mudanças de comportamento em crianças e adolescentes, indicativas da prática de violência, bem como os procedimentos a serem adotados pela equipe escolar, explicando sobre as providências a serem tomadas e sobre os contatos às  autoridades competentes.

“Esse assunto é muito pertinente porque nós vivenciamos isso no dia a dia da escola. Então, ele precisa ser explorado, trazido e levado para as escolas. A gente precisa trabalhar efetivamente com nossos alunos, principalmente crianças, adolescentes, e sabemos o quanto precisamos estar  atuantes nessa prevenção, porque a gente consegue perceber, não só um mas vários casos nas escolas. Então essa palestra é muito importante para o nosso convivío escolar”, afirmou Carla, que é gestora escolar no município.