No Pará, famílias de baixa renda ou em vulnerabilidade social têm água potável de graça
Programa social do Governo do Pará, por meio da Companhia de Saneamento, alcança mais de um milhão de pessoas em vários municípios do estado
Na residência da dona de casa Rita de Cassia, o acesso ao benefício impactou positivamente na renda familiarA economia com a conta de água fez muita diferença no orçamento da família da Rita de Cássia. Sem a despesa, o dinheiro agora vai para outros compromissos financeiros.
“A conta de água vinha quase 125 reais e levava boa parte da nossa renda. Com esse programa, a minha conta de água veio zerada e com esse dinheiro que eu pagava a conta de água, já nos ajuda para pagarmos a conta de luz. Uma preocupação a menos”, comemora a dona de casa.
No Pará, famílias de baixa renda ou em vulnerabilidade social têm água potável de graça por meio do programa social "Água Pará", da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). O investimento do Governo do Estado já passa de 270 milhões de reais.
O serviço é inédito no estado e reforça a conscientização sobre a relevância da água para a nossa sobrevivência e de outros seres vivos, justamente um dos objetivos destacados no Dia Mundial da Água, celebrado na última quarta-feira, 22 de março. A data foi sugerida na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992. A data reforça também a importância do uso sustentável desse recurso e a urgente necessidade de conservação dos ambientes aquáticos, evitando poluição e contaminação.
A iniciativa ainda foi vencedora na categoria "Voto Popular", do prêmio nacional ESG, que em inglês significa Environmental, Social, Governance, do Grupo Tribuna/SP.
Mais de 1 milhão de beneficiados - Desde setembro de 2021, quando foi lançado, o programa fez mais 280 mil cadastros, o que atende mais de 1 milhão de pessoas beneficiadas. O serviço garante o custeio, no período de dois anos, das contas de água de famílias que registram um consumo médio mensal de até 20 metros cúbicos (20 mil litros de água), apurado com base na média dos últimos seis meses.
O autônomo José Santiago conta que antes que ser beneficiado pelo 'Água Pará', a conta de água consumia parte de sua rendaSeu José Santiago soube da oportunidade pelo irmão e sem perder tempo procurou a Cosanpa para se inscrever e economizar.
“Essa ajuda foi muito bem-vinda, em especial pra nós, assalariados. A minha conta de água que chegava 100 reais, e levava boa parte da minha renda e fazia falta no final do mês pra eu comprar alimentação pra minha família. A partir do 'Água Pará' minha conta veio zero, e posso dizer sem sombra de dúvidas que chegou na hora certa”, disse.
Critérios - O cadastramento para o "Água Pará" pode ser realizado a qualquer momento, em todas as unidades da Companhia dentro do estado, nos 53 municípios atendidos. O beneficiário deve estar inscrito no programa, possuir inscrição no CadÚnico e o registro da conta de água com a mesma titularidade de CPF, além de registrar um consumo mensal de até 20 m³ (metros cúbicos), apurado de acordo com medição constante da fatura. O consumo mensal excedente discriminado na fatura deverá ser pago pelo beneficiário.
Outros investimentos - O Governo do Estado criou em 2021 o Laboratório de Qualidade da Água da Amazônia (LabÁgua), com a vocação de ser referência em análises ambientais de águas e efluentes na região amazônica.
O ”LabÁgua” é fruto de um projeto apoiado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) instalado no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá).
O laboratório é composto por uma equipe interdisciplinar de pesquisadores, tendo como objetivo desenvolver pesquisa, extensão e prestação de serviços com eficiência para a comunidade.
”A ideia do nosso laboratório é fornecer um serviço de qualidade na análise da água, visando a segurança e confiabilidade resultados das análises da qualidade da água. Além disso, temos como principais valores o compromisso com a pesquisa, extensão e qualidade de serviços; além da responsabilidade social e ambiental”, explicou Hebe Morganne, coordenadora do LabÁgua.