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BIODIVERSIDADE

Ideflor-Bio promove palestra sobre conservação e manejo sustentável no Pará

A pesquisadora Ima Vieira, do Museu Goeldi, apresentou um panorama da situação atual das áreas protegidas e políticas públicas que precisam ser adotadas na Amazônia

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
18/03/2023 01h41

O Estado do Pará possui, aproximadamente, 58% da sua área geográfica constituída por zonas protegidas. Desse total, cerca de 24% são de terras indígenas, 1% de territórios quilombolas e 33% de Unidades de Conservação (UCs) federais, estaduais e municipais. Destas, 17% (o equivalente ao tamanho do Estado do Paraná) são administrados pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

Pesquisadora Ima Vieira expôs a diversidade biológica da Amazônia os desafios para sua preservação Nesse contexto, o Ideflor-Bio convidou a pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Ima Vieira, para ministrar palestra sobre “Políticas Públicas para Conservação e Manejo Sustentável da Biodiversidade do Estado do Pará”, nesta sexta-feira (17). Na ocasião, os participantes tiveram acesso a um panorama sobre a diversidade biológica da  região amazônica, os desafios e o que precisa ser feito nos próximos anos.

Ima Vieira disse que promoveu uma discussão sobre a importância da biodiversidade em uma agenda socioambiental, e destacou a importância da articulação de parcerias para que se desenvolva um programa ou uma política estadual de biodiversidade com vários componentes, como o Museu Goeldi.

“Outros agentes produtores de conhecimento sobre a biodiversidade, proteção, conservação, capacitação de pessoal e fortalecimento da gestão das UCs também devem estar integrados nessa temática. Tudo isso é importante para uma articulação interinstitucional e nessa agenda de discussões do governo do Estado sobre bioeconomia, restauração de áreas degradadas e a questão dos serviços ambientais”, pontuou.

A pesquisadora enfatizou que a biodiversidade tem de estar dentro dessa agenda de trabalho. “É muito importante que o Ideflor-Bio passe a também comandar algumas ações dessa natureza, de conservação da biodiversidade, porque senão a gente não vai alcançar aquilo que queremos, que é, além de conservar, manejar e utilizar, manter a integridade dos territórios, das paisagens e dos ecossistemas amazônicos”, concluiu.

Crisomar Lobato (d) e o presidente do Ideflor-Bio, Nilson PintoArticulação - Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a palestra levantou uma série de iniciativas fundamentais para avançar na temática da biodiversidade que passam, essencialmente, por ações de natureza legal e de cooperação entre as instituições, para envolver a população em um trabalho coletivo.

“Não há como fazer, na quantidade que precisa ser feito, sem a participação coletiva. A doutora Ima é uma personalidade mundial nessa área, tem uma experiência enorme, que serviu como um holofote para iluminar o nosso caminho. O próximo passo a partir dessa orientação dada por ela vai ser avançar na procura das instituições parceiras, para que possamos atingir os nossos objetivos”, informou Nilson Pinto.

Segundo o diretor de Gestão da Biodiversidade do Instituto, Crisomar Lobato, a palestra foi importante para a implementação de novos projetos. “Preservar amostras representativas dos ecossistemas da biodiversidade é fundamental e, essa palestra da doutora Ima Vieira do Museu Goeldi, só nos dá força de vontade e persistência para continuar com o trabalho de propor, criar e implementar UCs de Proteção Integral”, afirmou.