Exposição no Centur destaca produtos confeccionados por mulheres privadas de liberdade
Evento teve como objetivo destacar o empreendedorismo da mulher paraense e contou com 60 expositoras de Belém, Ananindeua, Marituba e Acará
A Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), formada por mulheres privadas de liberdade e coordenada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), foi convidada pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH) para participar da feira de mulheres empreendedoras, no Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves (Centur), em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no último dia 8 de março.
A feira reuniu na última quarta-feira (08) 60 expositoras de Belém, Ananindeua, Marituba e Acará, e fez parte da ação de lançamento da campanha do Governo do Estado em comemoração ao Dia da Mulher. Para Renata Carvalho, tutora da Coostafe e servidora da Seap, a participação em feiras com exposição dos produtos confeccionados pelas custodiadas é uma ótima oportunidade.
“Além de ser um espaço para venda dos produtos, é uma grande oportunidade de mostrarem a força que uma mulher tem, especialmente neste dia da mulher. Além disso, é uma forma que elas têm de buscar uma nova história de vida, aproveitando todas as oportunidades, para que ao sair e voltar para sociedade essas mulheres possam ter um direcionamento e seguir em busca de uma vida melhor e com oportunidades de trabalho”, pontuou Renata Carvalho.
O evento foi organizado pela Coordenadoria de Integração de Políticas para as Mulheres da Sejudh e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e teve como objetivo destacar o empreendedorismo da mulher paraense. “A ação foi pensada para dar protagonismo para as mulheres empreendedoras criando uma rede de apoio e fortalecendo o empoderamento feminino”, ressalta Telma Lima, servidora da Secretaria.
Na ocasião, duas custodiadas do regime semiaberto estavam presentes no estande da cooperativa. Aos 30 anos, a interna R.M.L. participou de uma feira da Coostafe pela primeira vez. “Foi uma experiência que eu não consigo nem explicar direito, já estou no cárcere há muito tempo e agora tive a oportunidade de sair para uma feira. Foi uma experiência extraordinária”, conta.
Entre os produtos artesanais disponíveis para vendas estavam lixeira para carro, jogo americano, ecobags, fronhas de travesseiro bordadas, bolsas de fio de malha, entre outros. A coordenadora de trabalho e produção da Seap, Raquel Lima, faz um balanço do evento. “A Coostafe teve uma boa venda de produtos hoje, e também fizemos alguns contatos, com a possibilidade da Seap fechar um convênio para a absorção de mão-de-obra de mulheres para costurar na Fábrica Esperança”, contou.
Texto: Yasmin Cavalcante / NCS Seap