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Programação da Sespa sobre 'Março Lilás' alerta para prevenção do câncer de colo uterino

Campanha será lançada em Belém, no auditório da Sespa, para enfrentar a alta incidência desse tipo de câncer no Pará

Por Roberta Vilanova (SESPA)
08/03/2023 21h24

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) lança nesta quinta-feira (09), no auditório da sede, em Belém, a Campanha Março Lilás, alusiva ao mês de prevenção e controle do câncer de colo do útero, com programação abordando os diversos aspectos do tema. O objetivo é estimular o autocuidado e fortalecer a saúde da mulher, principalmente com ênfase no câncer de colo do útero, que ainda apresenta alta taxa de morbimortalidade (adoecimento e mortes) no Pará.

Organizado pela Coordenação de Atenção Oncológica/Diretoria de Desenvolvimento de Redes Assistenciais (DDRA) e Coordenação Estadual de Saúde da Mulher/Diretoria de Políticas de Atenção Integral à Saúde (DPAIS), o evento tem como público-alvo profissionais da Atenção Básica, Regulação, Hospitais Regionais, Unidades de Referência, acadêmicos da área de saúde, associações e apoiadores da causa, que fizeram inscrição previamente.

Segundo a coordenadora estadual de Atenção Oncológica, Patrícia Martins, além do alerta sobre o câncer de colo de útero, o "Março Lilás" ressalta a importância da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), que pode causar lesões cancerígenas. “A vacina está disponível nos postos de saúde para meninas e meninos de 9 a 14 anos, e o objetivo é garantir proteção antes que ocorra a primeira relação sexual”, informou a coordenadora.

Alterações – O câncer de colo do útero é um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo uterino, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras, e podem ser totalmente curáveis na maioria das vezes. Se não tratadas, após muitos anos podem se transformar em câncer.

A doença está associada à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV, especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. “As lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial não apresentam sinais ou sintomas, por isso é fundamental que as mulheres façam exames preventivos anualmente. Basta procurar uma Unidade Básica de Saúde”, enfatizou Patrícia Martins.

Conforme o Painel de Oncologia do Ministério da Saúde, o Pará registrou 250 casos de neoplasia maligna de colo do útero e 284 casos de carcinoma in situ do colo de útero em 2022, contra 547 casos de neoplasia maligna de colo do útero e 130 casos de carcinoma in situ do colo do útero (cérvix) registrados em 2021.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que o Pará tenha 830 novos casos de câncer de colo de útero em 2023. “Daí a importância da campanha anual, que chama a atenção das mulheres para o autocuidado, e dos profissionais de saúde para que ofereçam a melhor forma de atendimento à população feminina”, reiterou Patrícia Martins.

Temática – A finalidade da programação é atualizar os profissionais da rede de atenção do SUS (Sistema Único de Saúde) sobre a situação atual do câncer de colo do útero no Pará, funcionamento dos programas, atendimento e encaminhamento das usuárias do SUS.

A primeira mesa-redonda tem como tema “A importância da estratégia de vacina contra o HPV”, contando com palestras da coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, que falará sobre “Cenário atual da vacinação de HPV no Pará”; da coordenadora estadual de Saúde do Adolescente, Vera Canto, abordando o tema “Saúde do Adolescente e Programa Saúde nas Escolas como estratégias para cobertura vacinal do HPV”, e da coordenadora estadual de Saúde da Família, Sâmela Galvão, abordando a “Atenção Primária e Imunização contra o HPV”.

A segunda mesa-redonda terá como tema “Programa de Controle do Câncer de Colo de Útero”, contando com palestras da coordenadora Patrícia Martins, abordando “A Política e Rede Estadual de Controle do Câncer de Colo de Útero”, e dos representantes municipais Lilian Cássia Pereira, de Canaã dos Carajás (município do Sudeste), e Diego Felipe Cruz, de Augusto Corrêa (município do Nordeste), apresentando “Experiências exitosas na Atenção Primária e Média Complexidade”.