Mulheres conquistam espaço na área da construção civil no Pará
Participação feminina nas obras executadas pela Sedop cresce cada vez mais
A participação de mulheres em cargos que antes eram vistos exclusivamente para homens tem sido cada vez maior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2007 e 2018, as mulheres tiveram um aumento de 120% na sua presença no setor da construção civil.
Atualmente, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (SEDOP) tem em seu quadro efetivo mais de 150 mulheres nos cargos de administração, engenharia e arquitetura, além de um público feminino cada vez mais fortalecido nas obras civis executadas pela Secretaria em todo o estado. No prédio-sede, são 17 engenheiras e 22 arquitetas que executam e auxiliam desde o processo de análise de projetos até as ações de fiscalização.
Para a diretora de Obras da Sedop e engenheira civil, Cristina Guedes, o crescimento e a ocupação de mulheres em cargos é resultado de uma luta histórica que continua.
“Na minha vida profissional, a maioria deles foi em cargo de chefia e em áreas, culturalmente, voltadas para o público masculino, sempre foi desafiador. Mas as nossas conquistas são contínuas e evolutivas e, graças a Deus, temos ganhado mais espaço e ao longo desses quatro anos à frente de uma diretoria onde a maioria é formada por homens, fui conquistando admiração e respeito. Além disso, os desafios de ter participado da execução de mais de 1.500 quilômetros de asfalto e diversas obras civis em todo o estado são extremamente significantes porque a gente lida com pessoas e trabalha para a população”, afirmou.
Além de Cristina, diretamente na área da construção civil, grandes obras contam com a participação feminina. No novo Mangueirão, 69 mulheres trabalham em cargos administrativos e operacionais, como a Irani Castro, da área de serviços gerais, que ressalta a conquista de seu espaço na área civil.
"O espaço que a mulher conquista em trabalhar num local onde tem vários homens é muito importante. Adquirimos respeito e conquistamos esse espaço. Eu agradeço a oportunidade de trabalhar num lugar assim”, contou Irani.
No Centro de Convenções e no Estádio Colosso do Tapajós, em Santarém, no Hospital Público da Mulher e no novo Pronto Socorro da Augusto Montenegro, em Belém, as mulheres integram o quadro de colaboradores desde a mão-de-obra até o administrativo.
No Hospital da Mulher, unidade que será a primeira no estado a atender, exclusivamente, o público feminino, a engenheira civil Nathália Oliveira fala da alegria de estar no processo de construção
“Essa obra é representativa para mim porque eu coloco em prática não só o meu conhecimento técnico, mas meus sentimentos porque eu sei que esse hospital está sendo construído para nós, mulheres”, disse Nathália.
Os desafios para a atuação na área ainda são complexos, mas a luta é diária. Rosineide Santos, operária das obras do novo Mangueirão, relembra como era difícil a oportunidade para as mulheres na construção civil. “Era difícil, geralmente era mais para os homens. Na construção civil era difícil uma oportunidade para as mulheres. No momento, está tendo oportunidade para as mulheres. Eu estou muito feliz de ter essa oportunidade de trabalhar na construção civil”, afirma.
O Governo do Pará, por meio da Sedop, já executou mais de 1.500 quilômetros de asfalto em vários municípios paraenses, além de diversas obras civis entregues e em execução para a garantia do desenvolvimento urbano, fomento do turismo e da qualidade de vida da população.