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No 8 de Março, Sespa destaca serviços do SUS para a população feminina

Ações abrangem todas as idades e consideram grupo populacional, residência, situação de vulnerabilidade e condições de saúde

Por Mozart Lira (SESPA)
08/03/2023 09h44

Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) destaca as principais linhas de atendimento à disposição da população feminina nas três esferas do Sistema Único de Saúde (SUS) no Pará.

O SUS conta com uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, a Coordenação Estadual de Saúde que orienta os municípios para a execução das ações e busca ampliar o acesso das mulheres aos serviços disponibilizados no Sistema Único de Saúde. 

Há prioridades para reduzir a mortalidade materna por causas evitáveis e a morbimortalidade por câncer de colo de útero e mama, os mais incidentes no estado. A Coordenação Estadual também incentiva o protagonismo no planejamento sexual e reprodutivo e no enfrentamento à violência.

“Além de trabalhar em parceria com os municípios, a Sespa trabalha de forma integrada com outros órgãos estaduais para assegurar às mulheres paraenses, sobretudo, saúde, pois reconhecemos que muitas delas assumem sozinhas a função de educar os filhos e sustentar suas famílias”, ressalta o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho.
 
Saúde reprodutiva -  Coordenadora estadual de Saúde da Mulher, Nicolli Mendes explica que as ações de saúde da mulher são realizadas e pensadas durante o ano inteiro e não apenas no mês de março. 

“As ocasiões são oportunas para destacar a importância de planejar a saúde da mulher de forma contínua”, pontua a coordenadora. Ela destaca que a atenção em planejamento reprodutivo prevê o acolhimento da mulher que deve receber todas as informações e orientações necessárias para tomar a decisão de ter ou não ter filhos.

“No estado, a Sespa disponibiliza 8 métodos contraceptivos, entre oral, injetável, DIU e preservativos femininos e masculinos. Para ter acesso, basta a mulher buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde mais próximas de sua residência”, afirma a coordenadora Nicolli Mendes.

A assistência ao pré-natal, parto e nascimento também é ofertada pelas três esferas do SUS. Conforme Mendes, uma das prioridades do Governo do Estado é a redução da mortalidade materna por causas evitáveis. Nesse sentido, o Pacto pela Redução da Mortalidade Materna, que por meio da Portaria nº 680 regulamenta o Decreto 310, instituiu o repasse de cofinanciamento estadual, no valor de R$ 24 milhões, para o fortalecimento da rede materna e infantil na Atenção Primária em Saúde.

Pará reduz em 43,6% óbitos maternos - A Sespa assinou o Pacto em 2019 e já apresenta repercussões favoráveis. Em 2022, o Pará reduziu em 43,6% o número de óbitos maternos absolutos no Estado em relação ao ano de 2021: foram 89 mortes no ano passado e 158 no ano anterior. Isso se deve às dezenas de capacitações que a Sespa vem dando aos municípios, por meio das oficinas da estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia, desenvolvidas pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e o Ministério da Saúde. Outro resultado é que o Pará desceu do 3º lugar no ranking da mortalidade materna nos Estados em 2019 para a 11ª posição em 2021.

No combate aos cânceres mais prevalentes entre as mulheres, a Sespa prossegue nas frentes de trabalho para orientar os municípios no enfrentamento do problema e ampliar a capacidade de atendimento. Um deles pode ser prevenido pela vacina contra o HPV, que causa o câncer do colo do útero. As principais medidas são a vacinação contra o HPV de meninas e meninos de 9 a 14 anos, e a realização do preventivo do câncer de colo de útero (PCCU) prioritariamente para mulheres de 25 a 64 anos. A vacina e o exame estão disponíveis na Rede Básica de Saúde.

Em 2022, em todo o Pará, foram realizados no SUS 202.333 exames de preventivos do colo de útero em mulheres de 25 a 64 anos, sendo diagnosticados 243 casos de câncer de colo de útero. Em 2019, foram 667 casos. “O nosso objetivo, junto com os municípios, é ampliar a oferta de exame de PCCU para mulheres nessa faixa”, informou Nicolli Mendes, ao lembrar que no território paraense há pelo menos 01 serviço de referência diagnóstica para a doença em cada uma das 13 regiões de saúde.

Diagnósticos e mamografias - O diagnóstico precoce do câncer de mama também está disponível no SUS, principalmente, por meio da mamografia de rastreamento, destinada a mulheres sem sinais e sintomas, prioritariamente na faixa etária de 50 a 69 anos, e que poderá, inclusive, ser solicitada pela enfermeira da Estratégia Saúde da Família (ESF) na Rede Básica de Saúde. Para mulheres das demais faixas etárias que apresentam sinais e sintomas, a solicitação do exame deve ser feita pelo médico.

No ano passado, foram realizadas 38.235 mamografias de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos pelo SUS no Pará, sendo diagnosticados 460 casos de CA de mama, o mais prevalente na população feminina no estado. Em 2019, foram 850 ocorrências da doença no Pará. Nesse sentido, a Sespa tem atuado para continuar ampliando a quantidade e a qualidade dos serviços de diagnóstico mamário nas 13 regiões de Saúde, o que vem se fortalecendo a partir do protocolo de acesso em média e alta complexidade ao paciente oncológico instituído em 2021.

Atualmente, o Pará concentra 4 unidades de alta complexidade para tratamento do Câncer (Unacon) e 1 Centro de Alta Complexidade para tratamento de Câncer (CACON) que, conforme protocolo de acesso, são encaminhados pela rede de assistência.

Hospital da Mulher - No contexto de ações dedicadas ao público feminino, o Governo do Estado prossegue com as obras do Hospital da Mulher, em Belém, que será referência na assistência à saúde da mulher na Região Metropolitana, contribuindo para desafogar a demanda de outras unidades. O novo hospital oferecerá serviços de urgência e emergência, consultórios, laboratórios, serviço de nutrição e centro cirúrgico.

O térreo concentrará o atendimento de urgência e emergência, consultas ambulatoriais, brinquedoteca e ala de diagnósticos por exames de imagem, e ainda o atendimento ambulatorial. No segundo andar haverá serviço de nutrição e dietética, e o refeitório, enquanto o terceiro andar abrigará o setor administrativo, setor de ensino e pesquisa, apoio técnico e logístico. As salas de cirurgia ficarão no quarto andar, e logo acima os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Do sexto ao décimo andar ficarão os leitos clínicos, e no 11º andar o auditório.

O Hospital da Mulher ocupa uma área de 17 mil metros quadrados. Em seus 12 pavimentos serão distribuídos 100 leitos operacionais de urgência e emergência, com atendimento de alta complexidade, e 20 leitos de UTI, além de cuidados especializados em ginecologia, mastologia, infectologia, endocrinologia, ginecologia, reumatologia e dermatologia. A unidade será equipada com aparelhos de ressonância, raio-X, mamografia, tomografia e eletrocardiograma. O complexo de saúde fica na Avenida Gentil Bittencourt, nº 2.175, em Belém.

Serviço:
Para ter acesso a todos os programas e serviços, as mulheres precisam procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que é a porta de entrada do SUS, onde têm acesso, também, a todos os demais programas do SUS destinados a crianças, adolescentes, jovens adultos e idosos.
Às vésperas do Dia Internacional, criação da Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) é aprovada.