Espaço Cultural Casa das Onze Janelas tem projeto selecionado em edital do CNPq
A iniciativa contemplada é o inventário que documentará o acervo da Casa das Onze Janelas, o que qualifica a gestão das obras e bens
O Espaço Cultural Casa das Onze Janelas (COJAN), equipamento de referência para a Arte Contemporânea Brasileira, tem um acervo formado por várias coleções de arte moderna, contemporânea e fotografia, que apresentam obras de artistas locais e nacionais. Por meio do Edital Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Humanidades do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Espaço Onze Janelas deu início, este mês, ao processo de inventário do seu acervo.
O projeto da Casa das Onze Janelas, em parceria com as Universidades Federais do Pará, da Bahia e da Universidade da Amazônia, foi um dos 50 selecionados pelo Edital. A iniciativa recebeu R$ 495 mil para sua realização. O inventário é uma maneira de documentação do acervo, que coleta e identifica os bens do museu. Entre as funções do inventário estão o controle de transações das obras, gestão que possibilita visão plena do acervo e fonte de produção de conhecimentos e pesquisas.
Atualmente o museu conta com onze coleções, com mais de duas mil peças, entre fotografias, esculturas e pinturas. “Não é uma questão exclusiva da Casa das Onze Janelas, mas todas as instituições têm muitos problemas em processar e fazer uso do inventário. É algo que deveria ter sido feito desde o início, mas a gente sabe que um corpo profissional, corpo técnico as vezes é reduzido. No museu a gente não trabalha só com documentação, a gente trabalha com exposição, com conservação, com ação cultural e educativa então é muito desafiador fazer o inventário completo,” explica a historiadora e museóloga, Anna Paula da Silva, professora da UFBA, que participará da iniciativa.
Cerca de 30 pessoas irão trabalhar neste projeto. Entre estes, foram aprovados 13 bolsistas, estudantes dos cursos de artes visuais, museologia e história para participarem do processo para elaboração do inventário, que está previsto para ser realizado em dois anos. Além disso, foi ofertada capacitação para membros do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), para dar continuidade no trabalho.
A proposta é elaborar três livros virtuais, e-books, inventário e criar uma plataforma para disponibilizar em sites. A diretora da Cojan, Sanchris Santos, reforça a importância de viabilizar o acesso. “A principal questão que a gente considera neste trabalho, primeiro que é um serviço público, então existe aí um eixo norteador que nos atravessa, que é essa nossa responsabilidade enquanto política pública do estado, da casa, do sistema integrado, da secult. Tornar isso acessível ao público, tem que ter essa inclusão que precisa ser organizada, portanto democratizar esse conteúdo.”
Texto de Juliana Amaral / Ascom Secult