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Procedimento sanguíneo raro em recém-nascido é realizado no Hospital Regional do Tapajós 

Diagnosticado com hemólise perinatal, o bebê com uma semana de vida precisou de transfusão total de sangue de um doador. A eficiência da equipe do HRT salvou a vida da criança.

Por Governo do Pará (SECOM)
23/02/2023 19h33

Pela primeira vez, o Hospital Regional do Tapajós “Teófilo Olegário Furtado” (HRT), localizado em Itaituba, no oeste paraense, realiza procedimento de Exsanguineotransfusão (EXT). O processo de transfusão foi feito em um recém-nascido internado na UTI Neonatal, com quadro de hemólise perinatal, condição em que há destruição de glóbulos vermelhos causada principalmente pela incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o bebê.

Henrique Pagei Kester nasceu em 31 de janeiro em um hospital particular de Itaituba, e foi encaminhado ao Regional do Tapajós com sete dias de vida. A equipe multiprofissional diagnosticou hemólise perinatal, e o bebê precisava de transfusão sanguínea imediata. O procedimento inédito no HRT consistiu na remoção do sangue do menino e substituição pelo sangue de um doador, com a finalidade de retirar a bilirrubina do cérebro do bebê e reduzir o risco de danos permanentes.

Com uma Agência Transfusional instalada no HRT, e todo o suporte fornecido pela Fundação Hemopa, foi possível garantir a preparação do sangue de forma imediata e a assistência ao paciente.

Equipe do Hospital Regional do Tapajós avança em procedimentos de alta complexidade no Oeste do ParáProcedimento - A farmacêutica Lúdya Oliveira, responsável pela Agência Transfusional do HRT, explicou que essa condição ocorre devido à “incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o bebê”, em que o corpo da mãe pode produzir substâncias que atacam e destroem os glóbulos vermelhos do bebê. Isso pode levar a problemas graves, como icterícia (pele e olhos amarelados), anemia (falta de sangue), problema cardíaco (o coração não consegue trabalhar direito) e danos acústicos.

De acordo com o pediatra Márcio Augusto, a exsanguineotransfusão é um procedimento de alta complexidade, que requer atenção e cuidados especiais para garantir a segurança e a recuperação do paciente. "Fico muito feliz em fazer parte dessa equipe multiprofissional, que trabalhou em conjunto para salvar a vida do Henrique. O sucesso do procedimento é resultado do empenho e da dedicação de todos os envolvidos", destacou o médico.

Para o diretor geral do HRT, Matheus Coutinho, a realização desse procedimento “denota um avanço significativo nos serviços ofertados, demonstrando a capacidade do Hospital em oferecer tratamentos avançados e de altíssima complexidade para a população da região Oeste do Pará”.

Ele ressaltou ainda que, apesar de ser algo novo e jamais executado na unidade, a equipe multiprofissional garantiu a realização do procedimento com eficiência. “Nossos colaboradores são diuturnamente capacitados para a disponibilização do serviço seguro e com qualidade, em qualquer cenário, inclusive em situações emergenciais como essa”, frisou o gestor hospitalar.

Felicidade e gratidão - A esperada alta médica ocorreu na tarde de quarta-feira (22), quando a mãe de Henrique, Rosilene Kester Silva, 27 anos, expressou sua gratidão e alívio após a recuperação do bebê. “Fiquei muito feliz e grata por todo o cuidado que a equipe do HRT teve com meu filho. Eles foram incansáveis e muito atenciosos, sempre nos informando sobre tudo o que estava acontecendo. Só temos a agradecer”, afirmou Rosilene.

O caso de Henrique mostra a importância do pré-natal adequado, que permita identificar e tratar a incompatibilidade sanguínea. O pré-natal é um serviço oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive no Hospital Regional do Tapajós, para as gestantes de alto risco, conforme classificação do Ministério da Saúde.

Infraestrutura - Atualmente, o HRT conta com 153 leitos de internação, sendo 81 clínicos cirúrgicos, 19 clínicos médicos, 20 de UTI Adulto, 10 de UTI Pediátrica, 10 de UTI Neonatal, oito ginecológicos e obstétricos e cinco leitos UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) Canguru. Dispõe, ainda, de 16 leitos de pronto atendimento, sendo seis adultos, seis pediátricos e quatro de estabilização (Sala Vermelha); totalizando 169 leitos operacionais.

Serviço: O Hospital Regional do Tapajós integra a rede de saúde pública do Governo do Pará, sendo gerenciado pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS). Atende casos de média e alta complexidade, ofertando serviços 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Texto: Ascom/HRT