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Operação Yara beneficia mais de mil moradores da região das ilhas e fiscaliza embarcações

Por Redação - Agência PA (SECOM)
26/05/2018 00h00

Marcos Venícios é morador da ilha de Cotijuba há aproximadamente cinco anos e atualmente encontra-se desempregado. Um dos documentos mais importantes na hora de conseguir um emprego, a carteira de identidade, emitida há 26 anos já vinha trazendo um certo desconforto ao ribeirinho. "Chegava nos lugares e o pessoal dizia que não tinha mais validade, porque a foto já era de muito tempo. Fica difícil provar que aquele que está na foto sou eu. Principalmente na hora de ser contratado, quando a gente vai na loja", explicou.

Diante da dificuldade com a documentação, Marcos participou da ação preventiva da Operação Yara nas ilhas de Cotijuba e Urubuoca, iniciada na terça-feira, 22. A operação é desenvolvida pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup),e parceiros, em nível federal, estadual e municipal.

Em três dias de operação repressiva, fiscalizando barcos, cargas e passageiros, e na sexta-feira (25) ocorreu a ação preventiva com ações da Diretoria de Prevenção da Segup. O evento ocorreu no período de 8h às 12h, na Escola Martha da Conceição, na ilha de Cotijuba.

Mais de mil pessoas usufruíram de diversos serviços como emissão de certidão de nascimento, inscrição na tarifa baixa renda, CadÚnico, carteira social, Identidade Jovem (ID Jovem), Cadastro de Pessoa Física (CPF), atendimento jurídico, além de 300 registros gerais, por exemplo.

Já com a nova carteira de identidade em mãos, Marcos Venícius comemorou. "É muito bom quando vê esse tipo de ação aqui na ilha, conseguimos algumas coisas das quais necessitamos sem precisar enfrentar fila, de forma rápida e ainda economiza dinheiro. Para ir até Belém tirar um novo RG teria que gastar uns cem reais ", afirmou.

Na área médica foram oferecidos testes rápidos de HIV, Sífilis, Hepatite B e C. A parceria com a Marinha possibilitou ainda atendimentos odontológicos, médicos, radiológicos e mamografia, tudo a bordo do navio Pará. A Marinha disponibilizou ainda equipamentos para o recobrimento do eixo do motor gratuitamente prevenindo assim o escalpelamento.

Cleonice Maciel soube da ação e se programou para aproveitar tudo que tinha direito. "Tenho e cuido da minha diabete e pressão alta, mas é muito necessário saber sempre como anda a saúde da gente. Por isso vim e fiz todos os testes. Enquanto espero o resultado vou tirar a carteira de meia passagem da minha neta. E ver o que tem mais pra gente fazer, porque uma oportunidade dessa a gente tem que aproveitar", disse.

Para a titular Diretoria de Prevenção Social da Violência e da Criminalidade (Diprev), delegada Sílvia Rêgo, somente com a parceria entre o sistema de segurança e a comunidade será possível diminuir a criminalidade. "Esse é um momento ímpar onde os jovens, principalmente, podem conhecer, se aproximar e interagir com a segurança pública e conhecer que ela não exerce apenas a repressão. Esse momento também serve para fazer um alerta aos pais, o de que orientem seus filhos e, ao mesmo tempo, serve para pedir que a população esteja ao nosso lado, denunciando, dizendo não ao mundo do crime", informou.

Na oportunidade houve a posse do membro local, que a partir de agora integra o Conselho de Segurança Comunitário, Edilene Cunha. Ela representará a comunidade entre os órgãos de segurança e perante o Estado.

"O principal objetivo hoje é trabalhar preventivamente, por isso, tem-se atuado de maneira integrada. Mas também existem as ações de repressão com a integração da Polícia Federal, por exemplo, para combater aqueles crimes que vêm ocorrendo no estado como um todo e, principalmente nessas áreas de rios. Mas o trabalho maior é a prevenção para que a gente possa cada vez mais evitar que aconteçam crimes, principalmente evitando as drogas entre os jovens ", destacou o secretário de segurança, Luiz Fernandes.

Repressão

Durante a primeira fase da Operação, que antecedeu as ações preventivas, por meio da Operação Yara, 31 embarcações, 40 bares e restaurantes, e 130 pessoas foram abordadas e seis motocicletas vistoriadas nas embarcações. Mais de 100 agentes da segurança atuaram durante 12 horas de operação, diariamente.

"As operações policiais em água e terra na ilha de Cotijuba e circunvizinhas acontecem paralelamente. Podemos afirmar que os resultados são positivos, uma vez que qualquer operação que realize ações de prevenção, repressivas e assistenciais, elas sempre serão um sucesso, ainda que ninguém seja preso, mas se existe uma coletividade assistida com atendimentos médicos, odontológicos, será uma operação exitosa", finalizou o secretário adjunto de Gestão Operacional, coronel André Cunha.