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Sespa disponibiliza tratamento para dependência química no Caps Marajoara

Por Mozart Lira (SESPA)
17/02/2023 18h12

Todos os anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) destaca o 20 de fevereiro como o Dia Nacional de Combate às Drogas e Alcoolismo. O alerta em torno da data visa dar evidência ao tratamento especializado pelos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps-AD), que é a melhor saída para a dependência química. 

No Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) oferece tratamento a dependentes químicos no Centro de Cuidados a Dependentes Químicos – CCDQ (Caps-AD III), em Belém, no bairro da Marambaia. Conhecido também como Caps Marajoara, o local disponibiliza atendimentos aos casos de sofrimento intenso decorrentes do uso de bebidas alcóolicas e demais entorpecentes. 

O Caps Marajoara atende na modalidade porta aberta, durante 24 horas por dia, de segunda a sexta-feira, finais de semana e feriados. A demanda pelo serviço é maior entre os homens, conforme explica a diretora da Unidade, Kelly Barros Moreira. 

“Atendemos adultos de ambos os sexos, como também adolescentes e crianças, mas de acordo com o protocolo adotado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela portaria 130/2012, do Ministério da Saúde, que redefiniu o funcionamento dos Caps do tipo AD III, como o nosso”. 

Na unidade, a equipe multidisciplinar realiza uma triagem para saber qual a situação do paciente, com o objetivo se entender se realmente é elegível ao tratamento no CAPS AD. 

Feita a triagem, o paciente já é inserido num grupo de acolhimento terapêutico e submetido aos protocolos de tratamento que inclui atendimento psiquiátrico e psicoterapia. “Após serem acolhidos e depois de receberem o primeiro atendimento, os pacientes são avaliados pela equipe e, conforme a gravidade do caso, os profissionais decidem a melhor forma de assistir cada um”, afirma Kelly Barros. 

Entre os serviços oferecidos estão, assistência farmacêutica, avaliação nutricional, visitas domiciliares, além das atividades educativas e recreativas, como oficinas, palestras, passeios festas temáticas e atividades físicas (como jogos e torneios). “Temos o grupo de família bem frequentado às terças-feiras, realizado por duas assistentes sociais, e o grupo chamado ´Novo Olhar sobre o Álcool, que é muito prestigiado”, afirma Kelly. 

No acolhimento noturno, o usuário pode permanecer até 14 dias e noites, passando por todos os benefícios do tratamento e fazendo seis refeições diárias. Kelly também comenta que não há um prazo definido para a duração de tratamento de um dependente químico. “Varia de pessoa pra pessoa, pois temos usuários que estão no serviço há pelo menos 15 anos: alguns têm recaídas e outros ficam muito bem”, disse. 

Em 16 anos de atividades, o CCDQ hoje possui 13.651 usuários matriculados, entre ativos e inativos. O centro funciona 24 horas, realiza em média 300 atendimentos por mês e dispõe de 14 leitos de observação e internação, para desintoxicação e repouso por 14 dias, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.

No interior do Estado, o usuário que precisar de tratamento para dependência química tem à disposição a Rede de Atenção Psicossocial (Raps), que envolve, além dos seis Caps de gestão estadual, outros 94 de gestão municipal distribuídos em todo o Pará. 

É função da Sespa assessorar, monitorar, qualificar os Caps municipais existentes, assim como incentivar os municípios a expandir o número de dispositivos que fazem parte da rede de atenção, que além dos Caps, inclui residências terapêuticas e unidades de acolhimento adultas e infantis.