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Em Londres, governador do Pará apresenta oportunidades para a bioeconomia e reforça expectativa de COP 30 em Belém

Por Governo do Pará (SECOM)
16/02/2023 18h50

Com a presença de observadores da universidade de Oxford e de empresas privadas, o governador Helder Barbalho apresentou o que é o Pará, seus desafios e oportunidades para ser uma grande referência na mudança do uso do solo. Tudo ocorreu durante uma mesa redonda com o setor privado na Chatham House, em Londres, nesta quinta-feira, 16. A instituição sem fins lucrativos, é considerada uma das mais importantes na área, e possui a missão de analisar o conhecimento e promover uma melhor compreensão dos principais temas políticos internacionais.

“Apresentamos os diagnósticos e os nossos desafios ao tempo em que reafirmamos o compromisso com a agenda da sustentabilidade, a construção de um novo modelo a partir da biodiversidade da floresta amazônica, o conhecimento com a tecnologia e a inovação, enxergando a bioeconomia como nova vocação para a geração de emprego e desenvolvimento econômico para o nosso Estado e para o Brasil”, ressaltou o chefe do Executivo estadual, que atualmente está presidente do Consórcio da Amazônia Legal (CAL).

Também nesta quinta, o governador se reuniu com o parlamentar pelo Partido Conservador da Inglaterra e, à época, presidente da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 26), Alok Sharma. Na pauta do encontro, avaliada como positiva por Helder Barbalho, esteve a possibilidade de a capital paraense sediar a 30ª edição do evento, em 2025. 

"Tivemos a oportunidade de trocar impressões a respeito da experiência do Reino Unido de sediar a COP26, em 2021, a partir da candidatura de Belém como cidade sede para a COP 30, em 2025. Tratamos ainda da necessidade da interlocução com os países signatários dos acordos climáticos, e discutindo as emergências, das urgências e das necessidades de todos estarem convencidos que cada país precisa liderar as transformações do uso do solo, combater as ilegalidades ambientais, construir modelos sustentáveis para as suas economias com o baixo carbono nas suas emissora", enfatizou Helder Barbalho após a agenda. 

Chatham House

- O governador convocou todos para serem parte integrante do processo. “Aqui tivemos a oportunidade de dialogar, apresentar propostas e compromissos, e convocar para que possam ir ao estado do Pará para conhecer a realidade amazônica e construir conjuntamente as soluções que possam garantir sustentabilidade, floresta viva, mas acima de tudo, um modelo que possa garantir para a nossa população oportunidade com emprego, com renda e com um olhar pelas pessoas”, ressaltou o governador. 


Na vanguarda da agenda ambiental, ao longo dos últimos quatro anos o Pará criou as institucionalidades necessárias para ter um ambiente adequado para a iniciativa privada. Portanto, suas instituições públicas apresentam segurança jurídica e arcabouço legal, com sua carteira de negócios, para mediar a relação privado-privado, dando a consistência necessária para aqueles que queiram olhar e crescer com o Brasil e com a Amazônia.

Helder Barbalho incluiu na fala a apresentação da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) e o recém lançado, durante a Conferência do Clima (COP 27), no Egito, o Plano Estadual de Bioeconomia e o Plano Estadual de Restauração Florestal, que está sendo elaborado. 

“Ouvi aqui o que exatamente o mundo precisa: o Pará como centro da bioeconomia. Eu acredito que o que você demonstrou aqui é muito forte para nós, investidores”, avaliou um dos presentes ao ouvir a fala do governador Helder Barbalho. Outro membro da reunião elogiou a postura do governante e completou: "o governador do Pará é uma grande inspiração para outros governadores”.

Estiveram no encontro junto com o governador o secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida, o secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima da Semas, Raul Protázio Romão, o embaixador e coordenador de Relações Internacionais, Everton Vargas e membros da embaixada brasileira em Londres. 

“Foi um encontro muito bom. Uma oportunidade de mostrar o que está sendo feito, por meio do Plano Estadual Amazônia Agora, o Plano Estadual de Bioeconomia e o Plano de restauração que nós estamos compondo, além das oportunidades que podem acontecer, como o setor privado pode envolver o setor privado brasileiro, em especial o setor do Pará, para verificar como eles podem se articular. A experiência do setor privado daqui pode ter uma ideia de como funciona o setor privado do Brasil para que as parcerias ocorram, em termos de cooperativismo, financiamento, aumento de capacidade produtiva, logística, entre outros”, concluiu Mauro O’de Almeida.

COP 30 - O governador reafirmou ainda "o compromisso do Brasil com essa agenda, o compromisso do estado do Pará, o compromisso dos Estados Amazônicos para que o nosso país possa estar à frente dessas discussões, construindo um modelo que olhe pelas pessoas e que construa a sustentabilidade da sua floresta". 

Os encontros oficiais irão ocorrer até esta sexta-feira (17), para dialogar sobre biodiversidade, Amazônia, as oportunidades do Estado e os compromissos do modelo de desenvolvimento social e sustentável que vem sendo implantado no Pará.

O chefe do executivo paraense está no país à convite do rei Charles III, para tratar da provável realização da 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 30) na capital paraense, em 2025. Articulações para Belém sediar uma edição da COP de 2025 foram iniciadas pelo governador Helder Barbalho ainda na última edição do evento, em Sharm El Sheikh, no Egito.

Troca de experiências - O Pará é o único estado brasileiro a ter o seu próprio Plano Estadual de Bioeconomia, que foi construído ouvindo as vozes de diversas instituições e de forma especial dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais (PIQCTs). A fim de conhecer experiências exitosas, o governador Helder Barbalho, acompanhado da primeira-dama, Daniela Barbalho, e a delegação paraense, foram recebidos ainda nesta quinta, 16, pelos membros do Departamento de Inovação Comercial e de Cooperação Científica do Kew Royal Botanic Gardens para dialogar sobre lições aprendidas com a estratégia de bioeconomia da Colômbia, além de conhecer o trabalho realizado no local para que possa servir de inspiração para o Parque de Bioeconomia e Inovação do Pará.  

O Jardim, que possui 250 anos, é um dos mais famosos do mundo e reúne uma diversidade de plantas vivas, secas e fungos. Ao todo, o espaço reúne 350 cientistas, além de outros funcionários, que se debruçam para inspirar as pessoas a protegerem a natureza. Durante a explanação, foi evidenciada as possibilidades de construir cadeias produtivas sustentáveis que integrem desde o produtor até o consumidor.