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OPERAÇÃO CURUPIRA

Governo do Pará lança Operação 'Curupira' em São Félix do Xingu, no sudeste estadual

Ação tem três bases fixas para atuação integrada dos agentes que fortalecerem a presença do Estado de forma permanente na região

Por Roberta Meireles (SEGUP)
15/02/2023 14h11

Agentes do Sistema de Segurança Pública do Pará atuantes na Operação ’Curupira’ no sudeste estadualNa manhã desta quarta-feira (15), o Governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e de outros órgãos do Sistema de Segurança Pública, implantou a base fixa de fiscalização e deu início as ações de combate a crimes ambientais com a Operação “Curupira”, em São Félix do Xingu. A ação integrada foi desencadeada a partir do decreto governamental que fortalece a presença do Estado em regiões identificadas como áreas críticas.

A base fixa de fiscalização está instalada entre os municípios de São Félix e Altamira, na Área de Preservação Ambiental Triunfo do Xingu (Apatx), onde estarão reunidos os agentes integrados nas ações para alinhamento, deliberações e todos os procedimentos necessários.  Ao todo serão três bases implantadas, com o objetivo de transmitir a presença do Estado de forma permanente na região.

Alinhamento - As equipes de gestores e coordenadores focais das ações em São Félix do Xingu realizaram o alinhamento operacional durante a reunião na sede do 36º Batalhão de Polícia Militar, na tarde de terça-feira (14), para que as ações fossem iniciadas hoje. 

Segundo o secretário adjunto Operacional da Segup, Luciano de Oliveira, os critérios para a instalação das bases permanentes, que é uma das ações da Operação Curupira, foram estabelecidos após o monitoramento sobre o desmatamento e os danos ambientais no Estado. 

“Sabemos que nesse período do ano pela tradição, temos as derrubadas para que no meio do ano eles façam as queimadas. Então, o trabalho começa agora para que o efeito venha ser sentido no decorrer do ano e o Pará saia do destaque que vem figurando na questão do desmatamento no nosso país. Estamos com a participação de várias agências do Estado, sendo uma ação integrada, que vai trabalhar intensificadamente com o objetivo de reduzir as taxas de desmatamento no Pará. Portanto, a nossa expectativa é ter presença mais efetiva do Estado para que tenhamos índices melhores do que vem sendo verificado até agora”, enfatizou Luciano.

O grande diferencial da operação é a instalação da base fixa com objetivo de saturação da área com a presença do Estado. A Semas realizou o monitoramento das áreas de interesse e acompanha os alvos de desmatamento ativos e de garimpo onde ocorrem os ilícitos. Com as informações de inteligência foi formulado um plano de ação para as operações em campo, pontuou o coordenador de fiscalização ambiental da Semas, Tobias Brancher. 

“O nosso principal objetivo é garantir a redução dos índices de desmatamento dos municípios presentes no decreto estadual. Portanto, a ideia é fazer uma ação de dissuasão com a presença permanente das equipes. A irregularidade dessas ações são o nosso foco também e com a operação demonstrar o viés de sustentabilidade das atividades e coibir quem estiver de forma irregular”, afirmou Tobias. 

Integração - Os agentes públicos participarão de deslocamentos de comboios até os alvos da operação, e também nas barreiras que forem estabelecidas em pontos estratégicos, além de reunirem a produtividade operacional, como dados de autuações e multas administrativas lavradas, bens apreendidos e/ou inutilizados e ações de combate a incêndios.

A Polícia Militar coopera durante a operação com o apoio na segurança dos serviçoes e atuando de forma integrada com equipes especializadas, explica o diretor do Departamento Geral de Operações da PM, cel. Sérgio Neves. “Essa é uma ação de governo e a polícia militar vai cooperar com uso da tropa de São Félix, mas também o batalhão de Choque, Operações Especiais e do Policiamento Ambiental. Cada um vai atuar dentro da sua atividade específica, com  a ideia é diminuir os índices de criminalidade no âmbito ambiental”, disse.

Delegado-geral, Walter Rezende: ″Equipes vão se revezar por 24h para atender as demandas e fazer os procedimentos cabíveis″Os procedimentos serão todos executados pela Polícia Civil que deve atuar como polícia judiciária de forma ininterrupta, pontuou o delegado-geral, Walter Resende. “A Polícia Civil está estruturada com uma retaguarda logística que vai permitir executar todos os procedimentos que forem apresentados na base fixa. As equipes vão se revezar durante 24h para atender todas as demandas e realizar procedimentos cabíveis.  A ideia é ir a fundo nas investigações em sintonia com todos os órgãos do Estado” enfatizou.

Cerca de 45 servidores dos órgãos do Sistema de Segurança Pública, incluindo as polícias Militar, Civil e Científica, Corpo de Bombeiros Militar e secretarias de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Fazenda (Sefa) e da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). O Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado a Segup, oferta apoio aéreo.

Texto de André Macedo / Ascom Segup